Complexo do Maracanã entra na lista de imóveis que podem ser vendidos pelo governo do Rio

Proposta foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alerj e ainda será votada no plenário

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Na quarta-feira (22), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou a inclusão do Maracanã na lista de imóveis que podem ser vendidos pelo governo estadual.

Além do complexo esportivo, outros 61 imóveis podem ser comercializados pelo Poder Executivo do Rio, para auxiliar no pagamento de dívidas com a União.

Maracanã pode ser vendido

  • Precisando de recursos para quitar dívidas com o Governo Federal, o governo do Rio de Janeiro colocou o Complexo do Maracanã e outros 61 imóveis à venda;
  • Enquanto 16 edificações foram retiradas da lista, outros 30 novos prédios foram incluídos na lista aprovada pela Alerj;
  • Com capacidade para 78.838 torcedores, o Templo do Futebol já registrou públicos lendários, como a final da Copa do Mundo de 1950, com cerca de 200 mil pessoas presentes.

Manutenção gera custos

Segundo o presidente da CCJ, deputado Rodrigo Amorim (União), o Governo do Rio de Janeiro gasta, atualmente, “fortunas” para a manutenção do Complexo do Maracanã.

O legislador reforça que não há uma concessão duradoura. Conforme Amorim, cada partida realizada no estádio custa aos cofres públicos, em média, R$ 1 milhão.

Concessão do Maracanã

Em 2024, Fluminense e Flamengoassinaram contrato com o governo estadual para terem a concessão do Complexo do Maracanã pelos próximos 20 anos.

Com isso, a empresa Fla-Flu Serviços S.A. é responsável por gerir o estádio, cuidando da administração, operação e manutenção do espaço, incluindo também o Maracanãzinho.

Governo do Rio inicia análise técnica para venda de naming rights do Maracanã

No início de outubro, a venda dos naming rights do Maracanã, desejo antigo de Flamengo e Fluminense, começou a ganhar contornos formais.

O Governo do Estado do Rio de Janeiro determinou nesta semana o início da análise técnica sobre a possibilidade de comercialização do nome do estádio, tombado como patrimônio histórico.

Segundo informações publicadas pelo ge, o processo será conduzido pela Secretaria da Casa Civil, responsável por examinar aspectos legais e administrativos relacionados à concessão do estádio, que foi renovada em 2024 por mais 20 anos.

Essa etapa inclui a avaliação da legislação de licitações, do edital de concessão do Maracanã — que não proibia nem previa a venda do nome — e também dos limites impostos pelo tombamento do local.

Caso seja aprovada, essa operação pode se tornar a maior negociação de naming rights de um estádio no Brasil, com expectativa de movimentar cifras recordes no futebol nacional.

Setores e portões do Maracanã

O estádio do Maracanã possui vários portões de entrada, organizados para facilitar a circulação do público.

  • Portão A: Rua Professor Manoel de Abreu – acesso ao Setor Oeste e Maracanã Mais
  • Portões B e C: Rua Professor Eurico Rabelo – acesso direto da Estação Maracanã (metrô e trem)
  • Portão D: Avenida Maracanã – acesso a setores populares; linhas de ônibus 238, 371, 390, 455, 488L, 629 e 638 passam pela região
  • Portões E e F: Avenida Rei Pelé (Radial Oeste) – próximos à Estação São Cristóvão; também acessíveis pela Rua Mata Machado

Como chegar ao Maracanã

  • Metrô (Linha 2 – Verde): Estações Maracanã e São Cristóvão
  • Trem (Supervia): Estação Maracanã
  • Ônibus: diversas linhas que circulam pelas avenidas ao redor do estádio
  • BRT: integração via estação Vicente de Carvalho
  • Carro: não há estacionamento oficial, mas há opções privadas nas redondezas
ana bittencourt
Jornalista por formação, apaixonada por esportes, música e cultura. Entusiasta do futebol feminino, defende que lugar de mulher é onde ela quiser. Concluiu a...
graduação em 2008 na Universidade Franciscana, em Santa Maria (RS). Tem passagens pelo Grupo RBS e pelo Sistema Medianeira de Rádios. Cresceu em uma família de pai e irmão fanáticos por futebol e com eles coleciona grandes memórias. A principal delas, com a Seleção Brasileira, durante a final da Copa do Mundo de 1994 - a primeira em que viu o Brasil ser campeão do mundo. Até hoje não esquece a reação de Roberto Baggio ao errar o gol e imagina como seria a cobrança de Bebeto caso o italiano não tivesse chutado para fora.
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