Chefes de torcidas organizadas do Rio são considerados foragidos

Chefes das organizadas de Vasco, Flamengo e Fluminense tiveram prisão temporária decretada após briga generalizada no clássico entre rubro-negros e cruzmaltinos no último dia 05.
2023-03-15 12:38:49

A Polícia Civil está realizando buscas para cumprir mandados de prisão temporária contra quatro líderes de torcidas organizadas do Rio (do Flamengo, Fluminense e Vasco) que foram decretados no último domingo (12). De acordo com o portal de notícias “G1”, a Justiça do Rio concedeu a prisão de 30 dias a pedido da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).

O delegado Pablo Sartori afirmou que as equipes estão nas ruas desde a noite de segunda-feira (13), buscando em todos os endereços possíveis para cumprir as ordens de prisão. Os alvos são Anderson Azevedo Dias, presidente da Young Flu, Fabiano de Sousa Marques, presidente da Força Jovem do Vasco, Bruno da Silva Paulino, chefe da Torcida Jovem do Flamengo e Anderson Clemente da Silva, presidente da Raça Rubro-Negra.

 

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Todos os citados responderão por crimes de organização criminosa, lesão corporal grave e tentativa de homicídio. Vale lembrar que Anderson Clemente da Silva, conhecido como Macula e presidente da Raça Rubro-Negra, foi preso em 2014 por suspeita de matar um torcedor do Botafogo em 2012

 

 

Torcedores frequentavam os estádios, mesmo após proibição

A prisão temporária foi determinada pela juíza Ana Beatriz Estrella, no Plantão Judiciário. No entanto, o Ministério Público do Rio de Janeiro se manifestou contra a medida, afirmando que as provas são frágeis.

O delegado Sartori explicou que alguns torcedores revelaram que estavam frequentando os estádios, mesmo sendo proibidos, e que muitos investigados tinham medidas restritivas para frequentar os locais. A DRCI ainda está investigando o caso para tentar identificar mais torcedores envolvidos em episódios de violência.

 

 

Outras determinações

Inicialmente, as torcidas organizadas estavam proibidas de frequentar estádios por 90 dias devido aos episódios de violência ocorridos na partida entre Flamengo e Vasco em 5 de março. No entanto, uma decisão judicial ampliou o período do veto para cinco anos.

Além disso, foram determinados outros fatores envolvendo as organizadas, como o bloqueio de todas as contas, busca e apreensão de documentos e aparelhos eletrônicos pertinentes à investigação, suspensão das atividades e interdição das sedes das torcidas organizadas por cinco anos, quebra de sigilo de dados de “WhatsApp, Telegram ou equivalente, fotografias, chamadas efetuadas e recebidas, agenda de contatos, e-mails, entre outros”.