Tantholdt chegou até mostrar sua licença para filmar e as credenciais para a Copa, ainda sim, os agentes continuaram se recusando a liberar o trabalho do jornalista no local.
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O jornalista ainda conseguiu argumentar, fazendo algumas perguntas: ” Vocês convidaram o mundo inteiro para cá. Por que motivo não podemos filmar? É um local público. Você quer quebrar a câmera? Vá em frente. Vocês estão nos ameaçando”.
O Comitê Supremo do Catar pediu desculpas formais à equipe de televisão pelo ocorrido. Rasmus Tantholdt confirmou que recebeu as desculpas dos catares depois do episódio lamentável.
“Diz muito sobre o que é o Catar. Você pode ser atacado e ameaçado enquanto trabalha na mídia livre. Não é um país democrático. Minha experiência após visitar 110 países no mundo é: quanto mais você tem a esconder, mais difícil é pra fazer uma reportagem lá”, declarou.
Além disso, vale lembrar que a realização da Copa do Mundo no Catar é alvo de várias criticas por conta das leis anti-LGBTQIA+ e machistas do país e o descaso com os direitos humanos, principalmente suposta utilização de mão de obra escrava na construção dos estádios que ceifou a vida de cerca de 15 a 18 mil pessoas.