Brasil se classifica para Copa de 2026, mas tem pior campanha da história nas Eliminatórias

Brasil fecha Eliminatórias em 5º lugar, tem pior campanha da história, mas garante vaga na Copa de 2026 como cabeça de chave pelo ranking da Fifa

6min de Leituratimer 1

O Brasil confirmou presença na Copa do Mundo de 2026, mas encerrou sua participação nas Eliminatórias Sul-Americanas com um desempenho muito abaixo do esperado. A derrota por 1 a 0 para a Bolívia, nesta terça-feira (9), na altitude de El Alto, marcou o fim de uma campanha irregular e colocou a Seleção em uma posição inédita na história: o 5º lugar na tabela, com apenas 28 pontos em 18 partidas.

Com esse resultado, a Seleção Brasileira fechou as Eliminatórias com 51% de aproveitamento, o pior desde que o formato atual, em pontos corridos, foi adotado em 1996. Ainda assim, graças ao ranking da Fifa, onde figura entre os nove primeiros colocados, o Brasil será cabeça de chave no sorteio do Mundial.

Campanha do Brasil nas Eliminatórias

  • Brasil encerrou as Eliminatórias em 5º lugar, com apenas 28 pontos;
  • Pior campanha da história da Seleção no atual formato;
  • Derrota por 1 a 0 para a Bolívia na altitude de El Alto fechou o ciclo;
  • Campanha marcada por três treinadores diferentes: Diniz, Dorival e Ancelotti;
  • Apesar do desempenho abaixo das expectativas, o Brasil será cabeça de chave na Copa de 2026, graças ao ranking da Fifa;
  • Novo formato das Eliminatórias permitiu a classificação direta mesmo em 5º lugar.

Troca de treinadores e instabilidade

Ao longo da campanha, o Brasil passou por um período conturbado no comando técnico. A Seleção foi dirigida por três treinadores diferentes: Fernando Diniz, que iniciou o ciclo, seguido por Dorival Júnior, e, por fim, Carlo Ancelotti, que assumiu para a reta final.

A instabilidade refletiu dentro de campo. Entre os tropeços mais marcantes, estão:

  • A goleada sofrida diante da Argentina por 4 a 1, em março, a maior derrota da história do Brasil nas Eliminatórias.
  • A primeira derrota como mandante em toda a história da competição.

Esses números reforçam o caráter histórico negativo desta campanha, que entra para os registros como a pior da Seleção.

Comparação com campanhas anteriores

Desde 1996, quando as Eliminatórias passaram a ser disputadas no sistema de turno e returno, o Brasiljamais havia somado menos de 30 pontos. O desempenho atual superou negativamente até mesmo a campanha para a Copa de 2002, quando a equipe fez 30 pontos e terminou em 3º lugar.

Curiosamente, naquele ciclo a Seleção também enfrentou dificuldades, mas acabou campeã mundial na Coreia do Sul e no Japão, conquistando o pentacampeonato.

Nas edições seguintes, o Brasil retomou a hegemonia: liderou as Eliminatórias em 2006, 2010, 2018 e 2022, sempre com aproveitamentos superiores a 60%. O auge aconteceu na última campanha, rumo ao Catar, quando a equipe terminou invicta, com 45 pontos em 17 jogos e impressionantes 88,2% de aproveitamento.

Brasil beneficiado pelo novo regulamento

Apesar do resultado negativo, o Brasil não correu riscos de ficar fora da Copa do Mundo. Isso porque o regulamento mudou: antes, o 5º colocado precisava disputar a repescagem intercontinental, mas agora as seis primeiras seleções sul-americanas garantem vaga direta no torneio.

Assim, a Seleção Brasileira carimbou seu passaporte para o Mundial de 2026, que será disputado nos Estados Unidos, Canadá e México, sem precisar disputar mata-mata classificatório. Veja aqui a classificação completa.

Brasil nas Eliminatórias em pontos corridos*

  • 2002: 30 pontos – 3º lugar – 55,6% de aproveitamento
  • 2006: 34 pontos – 1º lugar – 63,0%
  • 2010: 34 pontos – 1º lugar – 63,0%
  • 2018: 41 pontos – 1º lugar – 75,9%
  • 2022: 45 pontos – 1º lugar – 88,2%
  • 2026: 28 pontos – 5º lugar – 51%

*Fonte: ge

Tatiana_Oliveira_Sambafoot
Jornalista formada pela Universidade Estácio de Sá, com pós-graduação em Jornalismo Digital. Atua no jornalismo esportivo desde 2022. Iniciou a carreira cobrindo...
entretenimento como redatora e editora no portal Lorena R7, além de ter contribuído como assistente de comunicação e editora voluntária no projeto Lab Dicas Jornalismo. Hoje, vive o universo do esporte com a mesma paixão de quem nunca perde um bom jogo — ou uma boa pauta.
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