Botafogo anuncia saída de Davide Ancelotti; entenda os motivos

Botafogo confirma a saída de Davide Ancelotti após divergências internas envolvendo o preparador físico Luca Guerra e incertezas no planejamento para 2026

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O Botafogo anunciou oficialmente, nesta quarta-feira (17), a saída de Davide Ancelotti, que não seguirá no comando da equipe na temporada 2026. A decisão foi comunicada pelo clube nas redes sociais e confirmada após reuniões entre diretoria e comissão técnica. Junto com o treinador italiano, também deixam o clube o preparador físico Luca Guerra e os auxiliares Luis Tevenet e Andrew Mangan.

Contratado em julho de 2025, Davide vivia sua primeira experiência como treinador profissional e encerra a passagem pelo clube carioca com 32 jogos, somando 14 vitórias, 11 empates e sete derrotas, além de uma série invicta de dez partidas na reta final da temporada.

Entenda a saída de Davide Ancelotti do Botafogo

  • A saída de Davide Ancelotti do Botafogo foi oficializada nesta quarta-feira (17);
  • Divergência sobre a demissão do preparador físico Luca Guerra foi decisiva;
  • Preparador era alvo de críticas internas por excesso de intensidade nos treinos;
  • Planejamento para 2026, mercado e possível transferban também pesaram na decisão;
  • Técnico deixa o clube após 32 jogos, com 14 vitórias, 11 empates e 7 derrotas.

Divergência sobre Luca Guerra foi ponto central da decisão

Segundo informações publicadas pelo portal Globo Esporte, a saída de Davide Ancelotti teve como principal fator a decisão da diretoria do Botafogo de desligar Luca Guerra, preparador físico que integrava sua comissão técnica desde o início do trabalho. O treinador deixou claro que não permaneceria no cargo sem a manutenção integral da comissão, condição que não foi aceita pelo clube.

Internamente, o trabalho de Luca Guerra vinha sendo alvo de críticas há meses, especialmente pelo alto número de lesões musculares registradas ao longo da temporada 2025. A avaliação da diretoria era de que a intensidade dos treinos não foi devidamente ajustada ao calendário apertado do futebol brasileiro, que exige maior controle físico dos atletas.

O próprio Davide Ancelotti chegou a mencionar, em entrevistas coletivas, que regular a carga dos treinos era uma das metas da comissão técnica, reconhecendo a necessidade de ajustes ao longo da temporada.

Avaliação interna negativa e conflitos com o departamento médico

Fontes ouvidas pelo ge apontam que Luca Guerra teria, em alguns momentos, ignorado orientações do Núcleo de Saúde e Performance do clube, responsável por análises como mapas de calor, níveis de fadiga e dados fisiológicos dos atletas. O preparador físico costumava planejar os treinamentos de forma independente, o que gerou atritos internos.

A condução do trabalho resultou em múltiplos casos de lesões musculares, além de ao menos dois episódios de conflitos internos durante sua passagem pelo clube. Diante desse cenário, o Botafogo decidiu, ainda no início de novembro, que não manteria Luca Guerra para 2026, mas optou por comunicar oficialmente a decisão apenas após o encerramento do Campeonato Brasileiro.

Planejamento para 2026 também pesou na decisão de Davide

Embora a discordância sobre a saída de Luca Guerra tenha sido determinante, outros fatores influenciaram a decisão de Davide Ancelotti. De acordo com pessoas próximas ao treinador, a saída foi fruto de uma reflexão mais ampla sobre o projeto esportivo do Botafogo para 2026 e seu próprio futuro profissional.

O italiano manifestou à diretoria a necessidade de reforços de peso para que o elenco estivesse alinhado aos objetivos ambiciosos traçados por John Textor, especialmente na disputa por títulos. No entanto, as movimentações iniciais no mercado indicavam, na avaliação do treinador, a busca por jogadores mais voltados à composição de elenco, e não necessariamente para elevar o nível competitivo.

Transferban e possível venda de atletas aumentaram insegurança

Outro ponto de preocupação foi o risco de um transferban relacionado ao caso de Thiago Almada, que envolve o pagamento de 21 milhões de dólares para evitar restrições à contratação de novos jogadores. Para levantar os recursos, o cenário apontava para a necessidade de venda de atletas importantes, algo que Davide considerava incompatível com a ambição esportiva projetada para 2026.

Além disso, o treinador não se sentia plenamente seguro quanto à continuidade do trabalho, mesmo com bom relacionamento interno. Em alguns momentos da temporada, Davide chegou a ser vaiado por torcedores, e avaliava que uma eventual oscilação no início do próximo ano poderia resultar em uma demissão precoce.

Saída foi amigável e sem custos para as partes

De acordo com o ge, não houve desentendimento direto entre Davide Ancelotti e a diretoria do Botafogo. A decisão foi comunicada oficialmente nesta quarta-feira (17), e o treinador viaja para a Espanha nesta quinta-feira (18) para passar férias com a família.

Após definir a saída, Davide reuniu os líderes do elenco para explicar pessoalmente os motivos da decisão. A rescisão ocorreu de forma amigável, sem ônus financeiro para nenhuma das partes.

Confira a nota oficial do Botafogo

“Davide Ancelotti não é mais o técnico do Botafogo.

O Botafogo informa que Davide Ancelotti não é mais o técnico da equipe principal. O preparador físico Luca Guerra e os auxiliares Luis Tevenet e Andrew Mangan também estão de saída. A decisão foi tomada após reuniões nesta quarta-feira (17).

O Clube agradece o profissionalismo e comprometimento de Ancelotti durante o período em que liderou a equipe e fez parte da família alvinegra. O Botafogo deseja sucesso em desafios futuros.

A nova comissão técnica será anunciada em breve"

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Tatiana_Oliveira_Sambafoot
Jornalista formada pela Universidade Estácio de Sá, com pós-graduação em Jornalismo Digital. Atua no jornalismo esportivo desde 2022. Iniciou a carreira cobrindo...
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