Bruno Schwartz renunciou, nesta quarta-feira (22), ao cargo de diretor de Ações Sociais do Instituto Galo, uma associação sem fins lucrativos voltada para a realização de ações em benefício de pessoas em situação de vulnerabilidade social. O motivo foram as repercussões negativas de uma postagem que o dirigente fez no dia 8 de janeiro, quando aconteceram os ataques antidemocráticos às sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Na ocasião, Bruno usou sua conta pessoal do Twitter para postar o seguinte trecho do Hino Nacional: “Mas, se ergues da justiça a clava forte, verás que um filho teu não foge à luta, nem teme quem te adora a própria morte! Terra adorada, entre outras mil, és tu, Brasil, ó pátria amada”.
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Pressão da torcida
A postagem de Bruno foi interpretada por torcedores do Atlético-MG como uma apologia aos atos de violência ocorridos no Distrito Federal. O dirigente, em seguida, negou a intenção.
“A referência à estrofe do hino nacional em nada incita a violência ou quaisquer atos antidemocráticos. Estes devem ser reprimidos pelas autoridades competentes, as quais devem punir, com rigor, aqueles que tenham transgredido as normas. Reitero meu compromisso com o Clube Atlético Mineiro, com a democracia e com a independência dos poderes constituídos em nosso país”, explicou ele.
Mesmo assim, os torcedores continuaram se manifestando contra a publicação inicial, o que fez Bruno deletar a postagem e condenar os atos realizados em Brasília.
“Nenhum ato de violência deve ser tolerado e incentivado. A promoção da paz, da família, dos valores e costumes devem sempre ser preservados. Elevo a Deus minhas orações e preces pelo Brasil e por todos os brasileiros de boa vontade”, publicou o dirigente.
Bruno, contudo, continuou sendo criticado pela torcida atleticana e, por fim, decidiu renunciar ao cargo no Galo. O Atlético-MG publicou a seguinte nota sobre a situação:
“O Galo informa que a referida postagem reflete uma posição pessoal do autor, com a qual o Clube não concorda. O Atlético e o Instituto Galo são entidades apartidárias cuja única bandeira é a alvinegra. Qualquer manifestação de cunho político-partidário, de um lado ou de outro, é desautorizada pelo Clube. Aqueles que as praticarem responderão individualmente por seus atos e serão chamados pela instituição a prestarem os esclarecimentos necessários”.
