Além do Palmeiras – quais clubes do Brasil jogam em gramado sintético?

O tema sobre o uso do sintético fazer bem ou não para os jogadores voltou a ser debatido por clubes e pela CBF
2024-03-07 16:10:41

Após reunião arbitral da CBF que definiu as mudanças para o Campeonato Brasileiro nesta temporada, muito se falou sobre os gramados sintéticos que alguns clubes da Série A utilizam em seu estádio.

O tema sobre o uso do sintético fazer bem ou não para os jogadores voltou a ser debatido e o uso deste tipo de piso pode até ser vetado a partir da competição de 2025. 

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Quais clubes do Brasil jogam em gramado sintético?

Dos 20 clubes que disputam a Série A do Brasileirão, no momento somente três clubes utilizam a grama sintético em seus estádios: Palmeiras, Athletico-PR e Botafogo.

Gramado sintético questionado por alguns clubes

Alguns clubes não concordam com a utilização de gramado sintético, e até falam que isso pode causar mais lesões nos jogadores.

A CBF determinou que um comitê vai passar a debater a questão, prevendo uma possível proibição, mas isso só poderá acontecer na temporada passada.

Em entrevista para o jornal O TEMPO, Sergio Schildt, presidente da Recoma, empresa especializada em infraestrutura esportiva, explica a utilização dos sintéticos.

“Não há mais dinheiro público para financiar estádios de futebol e a conta precisa fechar para os clubes. Manter um gramado natural de boa qualidade custa caro e quase inviabiliza o multiuso do estádio".

Alguns clubes não concordam com os sintéticos

Mario Bittencourt, presidente do Fluminense, é um grande crítico a esse tipo de piso. Ele ressalta que há baixas na performance esportiva nesses gramados, além do aumento do número de lesões.

Um grupo formado pelo São Paulo, como representante da Libra, e outros quatro clubes da Liga Forte Futebol (LFF), Atlético-GOFluminenseFortalezaInternacional são contra o gramado artificial.

Comissão de Médicos da CBF

A CBF, por outro lado, ainda não se posiciona, mas deixa claro que o veto para utilizar esse estádio só seria possível a partir do próximo ano.

A entidade quer chegar a uma avaliação própria sobre o assunto, e por isso terá uma consultoria estrangeira e de uma Comissão de Médicos. O debate será levado também a representantes dos clubes das Séries B, C e D do Campeonato Brasileiro.

A Comissão de Médicos da CBF está analisando o tema e apresentou resumidamente os últimos estudos disponíveis. No entanto, não considera que sejam conclusivos.

Foram mencionados exemplos, como o futebol na Arábia Saudita, onde foram observadas mais lesões em gramados naturais, e um estudo finlandês que não indicava diferenças significativas, com até menos lesões em campos sintéticos.

Outro relatório abordou mais lesões no tornozelo e no pé, mas números semelhantes nos demais casos.

A CBF agora busca formar sua própria opinião com base nas avaliações da consultoria internacional e da Comissão de Médicos.

O objetivo é fornecer o máximo de informações para subsidiar o debate na Comissão Nacional de Clubes, que ainda elegerá representantes nas Séries B, C e D.

Palmeiras contestou

Representantes do Palmeiras, incluindo a presidente Leila Pereira, o vice Paulo Buosi e o capitão Gustavo Gomez, contestaram os argumentos dos clubes que defendem o veto aos gramados sintéticos.

O clube alviverde destacou que seus jogadores têm sofrido menos lesões do que os adversários que jogam em campos naturais.

Além disso, o Verdão manifestou preocupação com campos de todas as superfícies, sejam naturais ou sintéticas.