Absolvido em caso de apostas, Lucas Paquetá ainda corre risco de multa milionária

Brasileiro foi inocentado de manipulação de resultados, mas pode ser multado por não colaborar totalmente com a investigação

4min de Leituratimer 1

Lucas Paquetá foi absolvido pela Justiça inglesa no fim de julho das acusações de envolvimento em manipulação de resultados relacionadas a apostas esportivas. A decisão ocorreu após a Comissão Reguladora concluir que as denúncias apresentadas pela Associação de Futebol da Inglaterra (FA) não foram comprovadas em tribunal.

No entanto, o meia brasileiro ainda não está livre de punições. A FA acusa Paquetá de descumprir a Regra F3, que prevê a obrigação de cooperar em investigações. Segundo a entidade, o jogador não teria respondido adequadamente às perguntas e nem fornecido todos os documentos solicitados. Nesse ponto, a Comissão entendeu que houve infração, o que pode resultar em multa de aproximadamente R$ 1 milhão.

Lucas Paquetá é absolvido em caso de apostas, mas pode ser multado em R$ 1 milhão

  • Absolvição: Justiça inglesa considerou improcedentes as acusações de manipulação de resultados;
  • Multa em análise: FA deve punir o jogador por não colaborar totalmente com a investigação (Regra F3);
  • Valor da penalidade: aproximadamente R$ 1 milhão;
  • Custos legais: Paquetá pode ter que pagar mais de R$ 7,3 milhões em honorários;
  • Linha do tempo: denúncia feita em maio de 2024; audiência entre março e junho; decisão parcial em julho;
  • Acusações originais: quatro violações da Regra E5.1, todas relacionadas a cartões amarelos em jogos da Premier League.

Possível decisão nesta quarta-feira

De acordo com o jornal The Times, a FA avalia aplicar essa penalidade como sanção final, com anúncio previsto para esta quarta-feira (3). Além da multa, Paquetá poderá ter que arcar com seus próprios custos legais, que podem ultrapassar R$ 7,3 milhões. A definição sobre quem pagará os honorários advocatícios ainda não foi tomada.

Como começou o caso

Lucas Paquetá foi denunciado em maio de 2024, em um processo que se estendeu por meses. A audiência começou em março e terminou em junho. Ele era acusado de quatro violações da Regra E5.1 da FA, referentes a partidas contra Leicester (12/11/2022), Aston Villa (12/03/2023), Leeds United (21/05/2023) e Bournemouth (12/08/2023).
Em todas essas ocasiões, o meia recebeu cartão amarelo, o que levantou suspeitas de manipulação.

Na época, a FA alegou que o brasileiro teria forçado advertências para influenciar o mercado de apostas, permitindo que terceiros lucrassem ilegalmente. Em sua defesa, Paquetá sempre negou as acusações e se disse "surpreso e chateado" com a denúncia, prometendo lutar para limpar seu nome.

"Estou extremamente surpreso e chateado com o fato de a FA ter decidido me acusar. Cooperei com todas as etapas da investigação e forneci todas as informações que pude durante estes nove meses. Nego as acusações na íntegra e lutarei com toda as minhas forças para limpar meu nome. Devido ao processo em andamento, não fornecerei mais comentários."

O que diz a Regra E5.1

A Regra E5.1 da FA estabelece que um jogador não pode tentar influenciar, direta ou indiretamente, o andamento ou resultado de um jogo por motivos impróprios.
Em casos comprovados de manipulação, a punição pode variar de suspensão de seis meses até banimento vitalício, além de multa.

No entanto, apesar das suspeitas iniciais, a Justiça considerou que não havia provas suficientes contra Paquetá nos episódios citados.

Tatiana_Oliveira_Sambafoot
Jornalista formada pela Universidade Estácio de Sá, com pós-graduação em Jornalismo Digital. Atua no jornalismo esportivo desde 2022. Iniciou a carreira cobrindo...
entretenimento como redatora e editora no portal Lorena R7, além de ter contribuído como assistente de comunicação e editora voluntária no projeto Lab Dicas Jornalismo. Hoje, vive o universo do esporte com a mesma paixão de quem nunca perde um bom jogo — ou uma boa pauta.
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