Nos pênaltis, Tricolor mantém o sonho do tetra

Dizem que na hora da decisão o craque é que faz a diferença. E, seguindo este ditado, Rogério Ceni brilhou na noite desta quarta-feira e o São Paulo segue vivo na disputa da Taça Libertadores da América. Após uma vitória por 1 a 0 no tempo normal, o Tricolor venceu por 4 a 3 nos […]
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sambafoot_admin
2006-07-20 23:16:00

Dizem que na hora da decisão o craque é que faz a diferença. E, seguindo este ditado, Rogério Ceni brilhou na noite desta quarta-feira e o São Paulo segue vivo na disputa da Taça Libertadores da América. Após uma vitória por 1 a 0 no tempo normal, o Tricolor venceu por 4 a 3 nos pênaltis e agora espera por Chivas ou Vélez Sarsfield na semifinal da competição.

O jogo

O técnico Muricy Ramalho surpreendeu na escalação e, enquanto todos esperavam Thiago ou Aloísio no ataque, ao lado de Ricardo Oliveira, Leandro acabou escolhido. Já o Estudiantes, que estreava o técnico Diego Simeone, começou o jogo deixando a retranca de lado e buscando o jogo assim como o Tricolor.

A partida foi complicada, exatamente como o goleiro e capitão Rogério Ceni havia alertado na véspera. O primeiro lance de perigo da partida aconteceu aos 12min, quando Fabão tocou para Danilo, que rolou para Ricardo Oliveira. Da entrada da área, o camisa 12 bateu por cima do gol defendido por Herrera.

O time argentino respondeu no minuto seguinte. Após falha de Alex, a bola foi tocada por Calderón que, pelo lado esquerdo, acabou travado por Souza no momento do chute. Aos 14min, o São Paulo chegou novamente com perigo. Danilo escapou pela esquerda e cruzou para Souza, que bateu errado, à esquerda do gol argentino.

A partir da metade da primeira etapa, o jogo ficou muito complicado para o Tricolor. O Estudiantes forçava a marcação desde o campo de ataque, o que obrigava os zagueiros do São Paulo a fazer a ligação direta. A bola passou a não chegar ao ataque. Em muitos momentos, tanto Leandro, quanto Ricardo Oliveira, recuavam até o meio-campo para buscar a bola. Nos contra-ataques, os argentinos assustavam. Aos 33min, após passe de Luguércio, Calderón bateu à esquerda do gol defendido por Rogério Ceni.

No minuto seguinte, o São Paulo só não marcou porque Herrera fez milagre em chute cruzado de Leandro, que aproveitou uma falha da defesa argentina. A torcida, apesar de sentir a dificuldade da partida, não deixava de apoiar um único momento. E, aos 44min, finalmente saiu o gol. Júnior cobrou falta pela esquerda e Edcarlos, no meio da área, bateu rasteiro de pé esquerdo para o gol vazio. O Morumbi enlouqueceu.

Com a vantagem no marcador, o São Paulo voltou mais tranqüilo para o segundo tempo. O time passou a marcar como costuma, no campo rival e principalmente teve um pouco mais de liberdade para tocar. Aos 10min, Danilo bateu cruzado, a bola desviou na zaga e saiu à esquerda do gol de Herrera. Três minutos depois, Souza bateu cruzado, o goleiro do Estudiantes bateu roupa e Ricardo Oliveira, no rebote, bateu para fora.

Aos 15min, o camisa 12 do São Paulo arriscou chute de longe e quase fez o gol. Leandro, um dos melhores do time, fez grande jogada aos 18min e cruzou para a área. Herrera espalmou e Angeleri, embaixo do gol, mandou pela linha de fundo. Dois minutos, Rogério Ceni, em cobrança de falta, arrancou o suspiro do torcedor.

Na metade do segundo tempo, o técnico Muricy Ramalho fez a única alteração. Leandro, sentindo dores no joelho, pediu para sair e Thiago entrou no seu lugar. E, aos 31min, o camisa 19 perdeu chance incrível. Danilo recebeu lançamento de Júnior pela esquerda, foi até o fundo e cruzou na medida para Souza, que bateu de pé esquerdo. Herrera defendeu parcialmente e Thiago, sozinho na sobra, chutou errado. Nos últimos minutos, os dois times tocaram mais a bola e resolveram levar a decisão para a loteria dos pênaltis.

E, na hora da decisão, brilhou a estrela de Rogério Ceni. A série seguiu empatada até 3 a 3, com Ricardo Oliveira, Rogério Ceni e Fabão marcando para o São Paulo e Calderón, Cominges e Luguércio anotando para os argentinos. Na quarta cobrança, Danilo errou. Mas o capitão tricolor, assim como havia feito contra o Rosário Central, em 2004, defendeu a cobrança seguinte, de Alayes. A seguir, Júnior colocou o São Paulo novamente em vantagem. Pressão toda para cima de Carrusca, que bateu para fora. E a festa tomou conta do Morumbi.

Ficha técnica

São Paulo: Rogério Ceni; Fabão, Alex e Edcarlos; Souza, Josué, Mineiro, Danilo, Leandro (Thiago) e Júnior; Ricardo Oliveira.

Técnico: Muricy Ramalho

Estudiantes: Herrera; Angeleri, Alayes, Ortis e Alvarezi; Galván (Cominges), Huerta (Cardozo), Braña e Sosa (Carrusca); Lugüercio e Calderón.

Técnico: Diego Simeone

Gol: Edcarlos, aos 44min do primeiro tempo

Cartões amarelos:Júnior, Alvarez, Cominges, Brama, Angeleri e Calderón

Juiz: Carlos Chandia (CHI)

Local: estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)

Pênaltis: Ricardo Oliveira, Rogério Ceni, Fabão e Júnior marcaram. Danilo desperdiçou. Pelo Estudiantes, Calderon, Cominges e Luguércio fizeram, enquanto que Alayes e Carrusca erraram.

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