O tempo que resta para a estreia da Seleção Brasileira na Copa das Confederações é curto, e a partida desta segunda-feira (25) contra a Rússia, às 16h30 (de Brasília), em Stamford Bridge, pode ser decisiva. Ainda que se trate de mais um amistoso na trajetória cheia de percalços do time canarinho, o duelo pode selar de uma vez a manutenção do sistema 4-3-3 que Luiz Felipe Scolari adotou no empate com a Itália. O resultado em Genebra não desestimulou o treinador a seguir com a aposta. Para o próximo desafio, o esquema com três “atacantes” está garantido. O ocupante de uma das vagas, no entanto, ainda não.
Kaká deve começar jogando
Quando realizou a convocação para os confrontos contra Itália e Rússia, Felipão mostrou que esperava ver algo diferente do que foi apresentado em sua reestreia, contra a Inglaterra, em fevereiro, quando o Brasil deixou Wembley com a derrota por 2 a 1. É certo que as lesões de Lucas, Paulinho, Ramires e Dedé prejudicaram os planos de alguma maneira. Mas a escolha por volantes com característica de marcação e a inclusão do nome de Kaká na lista sinalizaram as desejadas mudanças. Depois de entrar apenas no segundo tempo da última partida e ter atuação discreta, o jogador do Real Madrid não foi confirmado. Apesar disso, ele deve iniciar a partida, assumindo o lugar do contestado Hulk.
– Vamos optar pelo sistema usado contra a Itália. Se funcionar muito bem, vamos tentar colocá-lo em prática em todos os jogos. Tenho alternativas. Escolhemos uma equipe. E se não der certo? Tem como modificar com os mesmos jogadores? Tem, por causa da qualidade e pela forma como jogam. Hulk, Kaká, Oscar… Eles podem trocar de lado, ir para o meio, alternar com Neymar… É fácil quando se tem jogadores assim. Em 2002, fizemos isso com Rivaldo e Ronaldinho – lembrou o treinador.
Se a mudança no setor ofensivo ainda deixa alguma dúvida, na defesa a situação é diferente. Depois que a Seleção escancarou suas deficiências na saída de bola e na marcação no último duelo, Felipão confirmou que Thiago Silva e Marcelo, reservas contra os italianos, reassumem suas posições de titulares na zaga e na lateral-esquerda, nos lugares de Dante e Filipe Luís.
Do outro lado, “uma nova Rússia”
O adversário do Brasil não encara o amistoso com tanta importância, mas deve ter força máxima. Na última sexta-feira, a Rússia teve seu jogo contra a Irlanda do Norte, válido pelas Eliminatórias Europeias, cancelado devido ao mau tempo. O único desfalque é o meia Igor Denisov, do Zenit, que se lesionou durante os treinos da semana que passou. Em busca de sua primeira vitória no comando do Brasil desde que assumiu o cargo que era de Mano Menezes, Scolari fez uma análise sobre o que espera do adversário desta segunda-feira.
– É uma nova Rússia. Tem jogadores de qualidade no meio e vem liderando a chave de classificação para o Mundial. É uma Rússia bem diferente de sete, oito anos atrás. Tinham mais dificuldades, mas hoje eles têm mais jogadores rodados e experientes. Será um bom jogo, que gostamos de jogar – afirmou o treinador.
FICHA TÉCNICA
BRASIL X RÚSSIA
Local: Stamford Bridge, Londres (ING)
Data-Hora: 25/03/2013 – 16h30 (de Brasília)
BRASIL: Julio Cesar, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Fernando, Hernanes e Kaká (Hulk); Oscar, Neymar e Fred – Técnico: Luiz Felipe Scolari.
RÚSSIA: Igor Akinfeev, Alexander Anyukov, Vasily Berezutsky, Sergei Ignashevich e Alexei Berezutsky;Denis Glushakov , Viktor Faizulin, Vladimir Bystrov, Alan Dzagoev e Roman Shirokov; Alexander Kerzhakov – Técnico: Fabio Capello.
