Novo capitão do Botafogo, Túlio não culpou os erros de arbitragem pelo empate de quarta-feira com o Paulista de Jundiaí. Para ele, faltou ao Glorioso organização em campo e tranqüilidade, principalmente no segundo tempo. No entanto, ele acredita que o time vai dar a volta por cima e brigar pelo título no Campeonato Brasileiro, afinal, será a última competição que vai disputar antes do fim do seu contrato.
“O meu compromisso termina no final da temporada e, renovando ou não, quero entrar para a história conquistando um título pelo Botafogo. Agora nos resta o Brasileiro”, afirmou ele, acrescentando: “Os erros da arbitragem não justificam a desclassificação da Copa do Brasil. Um exemplo é o Corinthians, que levou um gol irregular do Cianorte, mas fez cinco e se classificou para a outra fase”.
Túlio acredita que os erros do juiz Clever Gonçalves (MG) não foram intencionais, e sim causados por incompetência dele e dos seus auxiliares: “O Botafogo tinha 45 minutos para fazer um gol e ganhar o jogo. A verdade é que nós não fizemos o suficiente para chegar lá”.
Quase sempre equilibrado nos seus comentários, Túlio não esconde o seu aborrecimento com a situação do Botafogo, e chegou a citar um exemplo curioso: “Quem sabe o técnico Antônio Lopes não tem razão, quando fala que prefere um grupo de jogadores formado por bandidos, mas que é campeão. Aqui o ambiente é especial, parece uma família, mas este ano estamos devendo”.
Para a disputa do Campeonato Brasileiro, ele espera que alguns erros cometidos na campanha de 2004 não se repitam, como, por exemplo, a incrível série de empates do Botafogo – numa competição em pontos corridos, é melhor arriscar sempre a vitória, que vale três pontos, mesmo correndo o risco de perder o jogo.
“Ano passado empatamos muito e ainda ficamos 12 rodadas sem vencer. Dessa vez, vamos entrar com tudo. No Brasileiro, os favoritos surgem no decorrer da competição e temos que nos concentrar desde a primeira rodada”, comentou.
