Fluminense 1×0 Zamora- Tricolor supera retranca venezuelana e continua 100% na Libertadores

Não foi nada fácil, mas o Fluminense bateu o modesto e desconhecido Zamora, na noite desta quarta-feira. A vitória manteve os brasileiros na liderança do grupo 4 da Copa Libertadores 2012, e os colocou muito próximos das oitavas de final da competição. Cientes de suas próprias limitações técnicas, os venezuelanos se propuseram a jogar de […]
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sambafoot_admin
2012-03-15 09:19:00

Não foi nada fácil, mas o Fluminense bateu o modesto e desconhecido Zamora, na noite desta quarta-feira. A vitória manteve os brasileiros na liderança do grupo 4 da Copa Libertadores 2012, e os colocou muito próximos das oitavas de final da competição. Cientes de suas próprias limitações técnicas, os venezuelanos se propuseram a jogar de maneira exclusivamente defensiva, com uma linha de cinco jogadores na defesa e outra linha composta por quatro atletas no meio. O único atacante que a equipe tinha em campo, Luis Yánez, também passou boa parte da partida se posicionando atrás da linha da bola, por vezes procurando tirar os espaços dos volantes tricolores.

Diante de tamanho ferrolho, o Flu mostrou muita paciência e toque de bola para envolver o adversário e finalmente abrir o placar apenas na segunda etapa, com o zagueiro Anderson. O resultado positivo deixa os comandados de Abel Braga na condição provisória de melhor equipe da primeira fase da Libertadores. Caso a boa fase continue e a colocação se confirme, o Tricolor terá o poder de decidir todos os confrontos da segunda fase da competição em casa, além de teoricamente enfrentar adversários mais fracos nas primeiras partidas.

O jogo: ataque contra defesa

Não demorou muito para que ficasse claro qual seria o tom da partida. Disposto a abrir o placar logo, o Flu partiu para o ataque desde o princípio, atuando com quase todos os seus jogadores dentro do campo do adversário. Mas a marcação forte sobre os craques Deco e Fred e a má partida que realizava Rafael Sóbis dificultavam a missão de encontrar brechas no ferrolho venezuelano. Coube a Wellington Nem a função de ser a grande peça da equipe na frente, com diversas boas jogadas pelo flanco direito sobre a marcação de Layneker Zafra.

Os volantes e laterais tricolores também desempenhavam papel importante, indo à frente para ajudar os companheiros. Carlinhos, pela esquerda, foi um dos atletas mais voluntariosos do primeiro tempo, mas não conseguia encontrar espaços para jogar. O comprometimento tático do Zamora e a desinibição de praticar um futebol defensivo e duro eram tamanhos que o meia-atacante César “El Magico” González”, supostamente o jogador mais habilidoso da equipe, voltava até as proximidades da própria grande área para acompanhar as investidas do camisa 6 do Flu. O mesmo acontecia do outro lado, com o argentino Darío Damián Figueroa vigiando de perto os avanços de Bruno.

O resultado foi o fracasso do Flu na missão de marcar o primeiro gol ainda no primeiro tempo. Mas a equipe, que já entrara em campo ciente do tipo de partida que teria pela frente, não perdeu a paciência e continuou a tocar a bola dentro do campo do adversário, em busca de envolvê-lo. Na volta para os vestiários, o técnico Abel Braga sacou de campo um apagado Rafael Sóbis para promover a entrada do centroavante Rafael Moura. Desta maneira, o esquema foi alterado do 4-2-3-1 de praxe para um 4-2-2-2, e o lado direito, com a combinação entre Bruno e Wellington Nem, tornou-se a principal válvula de escape na etapa complementar.

Quebra do ferrolho e mudança de postura

O tão esperado gol, no entanto, não veio de nenhum desses atletas. Após uma jogada de bola parada, o zagueiro Anderson se encontrava nos intermédios da área adversária, já se encaminhando de volta para o próprio setor defensivo. Mas o Fluminense recuperou o rebote e Rafael Moura rolou para o camisa 15. Ele chegou finalizando de primeira, no canto esquerdo do goleiro Álvaro Forero, para finalmente abrir o placar no Engenhão e aliviar o nervosismo tricolor.

O 1×0, no entanto, não produziu o efeito positivo esperado sobre os mandantes. Ao invés de aproveitar os espaços que inevitavelmente passariam a aparecer em maior quantidade após a abertura do placar, o Flu optou por aliviar a pressão sob o adversário, e encontrou-se diversas vezes tocando a bola perigosamente na própria defesa. Tática arriscada, que quase resultou no gol de empate do Zamora em uma finalização de Josmar Zambrano. O arremate foi defendido pelo goleiro Diego Cavalieri, até então um mero espectador, e Anderson salvou a tentativa de John Enrique Córdoba no rebote.

Era um dos momentos finais da partida, que terminou de fato com o triunfo tricolor. Se não foi glamorosa, a vitória garantiu mais três pontos para os cariocas, colocando-os em uma situação de grande conforto no grupo 4 da Copa Libertadores 2012. São agora 9 pontos conquistados e a manutenção da liderança isolada. O Zamora continua na lanterna, com apenas 1 ponto, e vê suas chances de classificação diminuírem cada vez mais. As duas equipes voltaram a se enfrentar no dia 28 de março, às 22h (horário de Brasília), desta vez em território venezuelano.

FICHA TÉCNICA

FLUMINENSE FC 1 X 0 ZAMORA FC

Local: Estádio João Havelange, Rio de Janeiro (RJ)

Data-Hora: 14/03/2012 – 19h45 (horário de Brasília)

Árbitro: Patricio Polic (FIFA/Chile)

Auxiliares: Julio Díaz Pardo (FIFA/Chile) e Sergio Roman (FIFA/Chile)

Renda e público: R$ 670.655,00/ 21.252 pagantes

Cartões amarelos: Fred, 26’/1ºT (Fluminense); Layneker Zafra, 15’/1ºT e Álvaro Forero, 33’/1ºT (Zamora)

Gol: Anderson 12’/2ºT

FLUMINENSE (4-2-3-1): Diego Cavalieri; Bruno, Leandro Euzébio, Anderson e Carlinhos (Thiago Carleto, 37’/2ºT); Edwin Valencia e Diguinho; Wellington Nem, Deco (Manuel Lanzini, 28’/2ºT) e Rafael Sóbis (Rafael Moura, intervalo); Fred (capitão). Técnico: Abel Braga.

ZAMORA (5-2-2-1): Álvaro Forero; Dolbys Rodríguez, Nelson Semperena, Jaime Bustamante, Moisés Galezo (capitão) e Layneker Zafra; Engelberh Briceño e Luís Vargas; César “El Mágico” González (Gabriel Torres, 17’/2ºT) e Darío Damián Figueroa (Josmar Zambrano, 20’/2ºT); Luis Yánez (Jhon Enrique Córdoba, 26’/2ºT). Técnico: Oscar Gil.

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