Tim Vickery: “OK para o time de Mano. Mas não seria o meu”

*Tradução de Thales Machado   Na vitória todo os crédito vai para a habilidade dos jogadores. No fracasso, entretanto, tudo é jogado em cima da estupidez do homem que seleciona os jogadores. É assim que funciona para o técnico do Brasil.    Contudo, eu gostei do primeiro ano do reinado de Mano Menezes. É muito […]
por
sambafoot_admin
2011-06-29 00:08:00

*Tradução de Thales Machado

 

Na vitória todo os crédito vai para a habilidade dos jogadores. No fracasso, entretanto, tudo é jogado em cima da estupidez do homem que seleciona os jogadores. É assim que funciona para o técnico do Brasil. 

 

Contudo, eu gostei do primeiro ano do reinado de Mano Menezes. É muito cedo para conclusões dfinitivas. Ainda é um time em formação. Mas parece que o diagnóstico inicial traz algo de muito peculiar – devido ao fato de que o Brasil terá a vontagem de jogar a próxima Copa do Mundo em casa, o estilo de jogo teve que mudar para algo mais em vista do gosto do público brasileiro. Excessiva atenção no contra ataque foi substituída por uma visão mais abrangente. Mano levou ao fim dar “era Gilberto Silva’, quando um volante era mais um terceiro zagueiro e oferece pouca coisa quando time tem a bola. 

 

Tem sido especialmente facinante as experiências de marcação sob pressão, pondo o adversário forçadamente na sua metade de campo. Uma das declarações iniciais de mano um ano atrás era da necessidade do Brasil aprender a lidar com equipes fechadas, que não oferecem oportunida para o contra ataque. Pressionar o campo adversário pode ser uma possível solução. Vou ficar bem interessado de ver essa tentativa, e como funcionará na Copa América, onde o frio intenso da Argentina deve permitir o time a pressionar por lonogs períodos. 

 

Tendo dito isso, eu também me reservo no direito de discordar do técnico brasileiro, tendo sempre em mente a completa insignificância da minha opinião para ele. Para valer a pena, meu time para a Copa América seria um pouco diferente daquele que ele escolheu. 

 

Primeiro, no gol, eu não estou convencido pela fé de Mano em Victor. É claro, Julio César foi convocado para ser o titular, mas ainda assim, a preferência por Victor no lugar de Fabio nos manda um recado potencialmente perigoso – que Mano tem favoritos dos seus dias como técnico de clubes. É algo que pode causar problemas para ele no futuro.

 

na defesa, inicialmente eu estava estupefato, como todos, pela ausência de Marcelo na lateral esquerda – posteriormente esclarecido, com a motivação do jogador ter deixado a causa da Seleção sobreposta ao Real Madrid. Mas eu ainda estou inseguro das razões de ter chamado Maicon – um maravilhoso jogador que merece seu mérito, e se fosse a Copa do Mundo eu não teria dúvida sobre chama-lo. Mas Daniel Alves é atualmente, claramente, o titular, e Mano já disse que uma de suas prioridades na Copa é dar experiência à nova geração. Faz mesmo algum sentido levar um jogador da idade e experiência de Maicon? Não seria melhor para ele descansar enquanto um jogador aprende mais sobre a vida no torneio?

 

O mesmo se aplica, e até mais, para Luisão. Ele é um belo servidor da Seleção, mas é um eterno reserva, e será a quarta opção de zagueiros dessa vez. Sabendo que Lucio já é um veterano na posição, talvez não faça mais sentido dar a Luisão algum tempo livre e ao mesmo tempo dar uma olhada em uma nova posição, assim como Dedé, do Vasco da Gama?

 

No meio, estou desapontado com a exclusão de Hernanes. Ele foi tirado após o estranho cartão vermelho no jogo contra a França alguns meses atrás. Foi um lapso, mas acho que a culpa deveria ter recaído sob Mano. Ele jogou Hernanes para a esquerda. Mas ele não tem o ritmo certo para trabalhar lá, e estava tendo problemas para jogar por lá. Estou convencido que o cartão vermelhor foi, em grande parte, o resultado da frustração, da ansiedade em contribuir, e sinto que o seu talento com os dois pés poderia ser útil na Copa América em um papel mais central. Seria interessante, nas condições da Copa América, ver se ele desenvolveria a função de passar do meio campo, onde ele poderia ajudar a abrir defesas adversárias. 

 

Minha maior discordância, entretanto, vem no ataque – e eu sei que a posição que tomo me pões em uma minoria.

 

Eu não levaria Lucas, do São Paulo, por duas razões. A primeira é que, mesmo sendo uma promessa, ele ainda está cru. Ele teve um excelente progresso nos últimos 12 meses, mas está longe de estar terminado. Há momentos que ele ainda parece jogar dentro de um túnel. 

 

Acho que nesse estágio ele seria mais beneficiado indo para a Copa do Mundo sub-20 na Colômbia, que começa no fim do Julho. Sem Neymar no time, Lucas teria que ser o líder do ataque, algo que poderia ajudá-lo no desenvolvimento do lado coletivo de seu jogo.

 

A outra razão é que estou convencido que o elenco está carente de homens alvo: atacantes centrais que podem servir como referência de ataque. A evidência do reinado de Mano é que o Brasil é melhor com esse tipo de jogador. Alexandre Pato é um atacante de enorme talento e incrível movimento, mas contra times fortes, o ataque pode parecer fraco sem um número nove real. As habiliades de Neymar e Robinho funcionam melhor quando eles podem trocar passes com um atacante que é adepto de ficar de costas para o gol. 

 

O único jogador desse tipo entre os 23 é Fred – altamente talentoso mas sempre machucado e não está em boa forma. Eu estava no estádio no seu último jogo pelo Fluminense antes de se juntar à Seleção e ele estava exausto em campo. Ele pode jogar uma boa Copa América. Mas na minha opinião seria melhor ter Leandro Damião como opção. O grande atacante do Internacional foi bem na sua estréia contra a Escócia e vem jogando consistentemente bem para seu clube. É difícil para mim entender o porquê de eles estar fora e Lucas dentro. 

 

Mas isso é só a minha opinião.