Habilidade, chutes secos e certeiros a gol, uma personalidade única e uma esperança de ser o grande jogador brasileiro da nova década. Não há dúvidas que estamos falando de Neymar, e não há dúvidas que o jogador de 19 anos foi o grande nome do Santos no tricampeonato da Libertadores.
Artilheiro do time na competição com seis gols, e por muito mais do que isso, Neymar se consolida como o maior nome santista após Pelé. Serginho Chulapa na década de 1980, Giovanni na de 1990 e Robinho no começos dos anos 2000 foram marcantes, mas a conquista da Libertadores de ontem, somada aos dois campeonatos paulista e à Copa do Brasil de 2010 fazem de Neymar o maior após o maior da história.
Olhando um pouco mais além do time da cidade litorânea, pode ser Neymar como um jogador que pode ter um feito incrível nas Américas. Neymar, maior fenômeno do futebol em 2011 junto com Messi, pode ser campeão da América três vezes esse ano. Uma espécie de tríplice coroa das Américas, individual, que pode transformá-lo no rei do continente. Dois títulos ele já tem, falta o último.
No começo do ano Neymar começou a mostrar o seu brilho no Sulamericano sub-20. Fez nove gols, foi artilheiro e craque da competição, sobrou no campeonato, deu a vaga ao Brasil nas Olímpiadas de Londres em 2012, e foi campeão em uma goleada histórica contra o Uruguai. Ao menos entre os jogadores menores de 20 anos, Neymar reinou. Já que era um campeonato para jovens, pode se dizer que o atacante santista foi o príncipe das Américas.
Poucos meses depois e Neymar mostra que também sabe jogar no meio de gente grande. No campeonato mais “adulto” do continente, a Copa Libertadores, marcada pelos jogos difíceis e pegados, onde a rivalidade de clubes e países fala mais alto, Neymar mostrou que não tremeu, e com simplicidade, raça e talento levou o Santos por cada fase, fazendo gol na final e dando o título ao seu time após 48 anos.
Agora, um dia depois de conquistar a taça mais almejada entre os clubes brasileiros, Neymar parte para a Argentina, para tentar uma conquista ainda mais ousada. Ele, que repete o lema de jogar com ousadia e alegria, tentará, dentro da Argentina de Messi, vencer a Copa América, levando a Seleção, agora a principal, ao terceiro título seguido da competição. Se conseguir, Neymar conquistará os três títulos continentais que disputou e entrará mais fundo na História do futebol sulamericano.
A última parte da missão é difícil. A Copa será disputada no país de Messi, e a Seleção ainda não tem um time formado, mas, pensando no que o jogador já fez esse ano, alguém duvida?
