Um primeiro tempo ruim, sem muitas chances de gol e de difícil empolgação. Uma segunda etapa empolgante, com muitas chances de gol e um futebol ofensivo.
Pouca coisa em comum entre as duas partes do jogo entre Brasil e Holanda, visto por um Serra Dourada lotado neste Sábado em Goiânia.
Em comum, só o resultado. Sem gols nem no primeiro, nem no segundo tempo da torcida.
Decepção para as mais de 36 mil pessoas presentes ao renovado estádio.
Primeiro Tempo morno
Um jogo morno e quente no começo. Não foi digno da grandeza e da luxuosidade de um Brasil x Holanda o primeiro tempo da partida. Um jogo morno, com alguma pressão do Brasil e algumas chances da Holanda.
Mas demorou a acontecer algo que realmente deixasse o torcedor nervoso. Foi só aos 22 a primeira chance do jogo e foi da Holanda. Affelay, camisa 10 no lugar de Sneidjer apareceu sozinho na área, bateu à queima roupa, e Júlio César fez ótima defesa, demontrando novamente o seu poderio de goleiro da Seleção.
O Brasil pressionava mais, mas não conseguia o último passe para o gol, não conseguia cirar oportunidades concretas de gol. Parecia, de fato, faltar o camisa 10 armador. Se sobrava Neymar, faltava Ganso.
Chance para a Holanda novamente. Va Persie, conhecido peli seu chute forte chuta no canto, e Julio César, como um gato, vai se vingando da falha na Copa do Mundo de 2010.
Aos 30 primeira comemoração da torcida, Van Der Wiel toma cartão amarelo. Pouco para a torcida que esperava um gol.
E surge a primeira grande chance do Brasil, após mais de meia hora de jogo, Ramirez limpa bem, e chuta, um segundo de expectativa nas 40 mil pessoas que lotaram o Serra e a bola passa alta, no canto, para fora.
Fim do primeiro tempo e ensaio de vaias. A Seleção Brasileira, definitivamente, não agradou Goiânia no Primeiro Tempo.
Outro Brasil na Segunda Etapa.
Mas parece que Mano atuou no intervalo melhorou no começo do Segundo Tempo, empolgando a torcida brasileira.
Com 50 segundos de jogo no Segundo Tempo e nenhuma mudança Neymar mostrou que o Brasil vinha diferente, melhor chance até então, parou nas mãos do goleiro Krul, que fez bela defesa.
O Brasil agora empolgava a torcida, e Neymar, especialista no assunto, em um tradicional chute seco fez o goleiro rebater e Robinho tentou completar, mas não teve sucesso. Logo depois o menino Neymar fez bonita jogada, no meio, levantando, de novo, a torcida brasileira.
Se Mano diz levar em conta a opinião da torcida, a essa altura já devia estar considerando botar Lucas do São Paulo no jogo. Em coro, os goianos pediam sua entrada. Outro pedido constante era a saída de Fred, que, em grande chance, furou, e perdeu o gol mais feito da partida. Ruim para um jogador que tem que provar que merece a vaga na Copa América.
Aos 12, o Brasil já tinha atacado mais do que no primeiro tempo todo e um chute de Lúcio, de fora da área foi mais um que assustou a zaga holandesa.
A escalação ofensiva dava resultado, Robinho quase fez em chute rasteiro, que fez Krul pegar com o pé.
Quando não é Fred que fura, é Robinho que o fez. Recebe ótimo passe do atacante do Flu mas não conegue finalizar. E o placar insistia em 0 a 0.
Hora da substiutição. Mano atende os pedidos da torcida e bota Lucas e Sandro no lugar de Elano e Lucas Leiva. A Holanda também muda, faz 3 alterações.
Faltando 15 minutos mais duas substituições no Brasil. Vaiado, Fred saiu e deu lugar a Leandro Damião, e Elias entrou no lugar de Robinho.
Aos 32 a expusção de Ramirez, após entrada dura em Robben acabou com o ímpeto da Seleção. Com um a menos, e sem um dos principais artuculadores no meio campo, o Brasil não conseguiu manter o ritmo forte de jogo.
O jogo seguiu morno até o final, sem nenhuma chance concreta de gol, e com um claro desgaste físico de ambos os times, que têm a maioria dos jogadores cansados após uma longa temporada européia. A única novidade foi a entrada de Adriano no lugar de André Santos.
A última chance brasileira foi um chute de fora da área de Thiago Silva, bem espalmado pelo goleiro holandês.
Fim de jogo, vaias em Goiânia. Liçao para a Seleção, que, quando a Copa for no Brasil, a torcida gosta é de gol.
Quase dois anos depois a esperança de ver novamente um gol da seleção em território nacional fica para São Paulo, onde, terça-feira, o Braril enfrenta a Romênia na despedida de um craque que não deixava nada em zero a zero: Ronaldo.