Ontem o São Paulo viveu um dia conturbado no CT da Barra Funda. Enquanto os jogadores chegavam para o treino, marcado para as 15h30, torcedores da Independente, maior torcida organizada do Tricolor, protestavam em frente ao portão de entrada do CT, pelo mau momento do time na temporada.
Ovos e pipoca foram atirados contra os carros dos jogadores. O volante Jean, bastante criticado pelo grande número de gols perdidos nos últimos jogos, também teve seu carro chutado. Para acalmar a situação, carros e motos da Polícia Militar chegaram ao clube.
Os torcedores pediram a demissão do técnico Carpegiani e mais empenho por parte dos jogadores.
Dentro do CT, o presidente Juvenal Juvêncio, se reuniu com Rivaldo e Paulo César Carpegiani. Após cada um dar sua versão para o que ocorreu quinta-feira pela Copa do Brasil, quando o time foi eliminado pelo Avaí, foi decidido que o meia seria multado, enquanto o treinador permaneceria, pelo menos por enquanto, comandando a equipe.
Depois, em coletiva de imprensa, o técnico do Tricolor revelou que pediu desculpas ao meia, pelo o que falou após a partida:
“Dar opinião e fazer qualquer tipo de crítica é um direito inerente a qualquer pessoa, a qualquer cidadão. Eu jamais privei qualquer jogador de falar o que quiser ou escolher o momento. Tem de se escolher o momento. Eu não tenho que contestar isso, cada um fala o que quer. Não me sinto atingido ou ofendido pelas declarações do Rivaldo. Também pedi desculpas a ele porque não tenho direito de fazer o que fiz. Eu falei do caráter, escapou da minha boca. Me excedi nesse aspecto. Já expressei isso ao Rivaldo. Depois de uma derrota, temos que tomar cuidado com o que se fala porque é tudo muito bem explorado pela imprensa”.
Rivaldo, também pediu desculpas pelo ocorrido, mas disse que não se arrepende de nada do que disse:
“Como sempre falei, não tenho que me arrepender de nada. Caso eu tenha magoado alguém, peço desculpas, mas tudo que eu falei foi pensado. Eu só falei de mim, nunca questionei o comando do treinador ou o clube. Só deixei claro que lamentei a minha situação, de não ter entrado em campo para ter ajudado os companheiros. Eu nunca pensei que poderia deixar do São Paulo. É claro que, se o presidente me demitisse, eu teria que aceitar. Mas eu só quero jogar e ajudar a equipe”.
