Coluna de Diogo Kotscho – Estréia no Sambafoot!

Se não bastasse as notícias do dia a dia do futebol brasileiro, a partir de hoje o Sambafoot conta com um colunista muito especial. Ele não faz gols, não treina nenhuma equipe, não apita jogo, mas é mais do que presente no mundo do futebol. Assessor de imagem de jogadores importantes como Kaká e Ganso, […]
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sambafoot_admin
2011-05-13 17:44:00

Se não bastasse as notícias do dia a dia do futebol brasileiro, a partir de hoje o Sambafoot conta com um colunista muito especial. Ele não faz gols, não treina nenhuma equipe, não apita jogo, mas é mais do que presente no mundo do futebol.


Assessor de imagem de jogadores importantes como Kaká e Ganso, Diogo Kotscho é um craque no meio de campo dos bastidores do futebol. A partir de hoje, aqui no Sambafoot ele passa a contar suas histórias, experiências e vivências nesse mundo dos boleiros. 

 

Acaso

Diogo Kotscho*

 

Neste primeiro texto que escrevo para a Sambafoot quero falar sobre um assunto que há muito tempo penso. Qual a participação do acaso no futebol? Existe alguma ciência na bola ou muito da historia que contamos para nossos filhos, de jogadores heroicos e partidas épicas poderiam ter sido mudadas por uma pequena falha de marcação, uma má sorte do goleiro, enfim, um acidente de trabalho.
Hoje pagamos fortunas para os treinadores, alguns deles tem participação na mídia muito acima dos jogadores. Todos os canais de esporte possuem vários comentaristas que passam horas debatendo sobre determinado jogo tentando ou por meio de números ou por análises táticas esclarecer partidas muitas vezes decididas em um lance de sorte ou azar. 
Hoje escrevo para vocês durante um vôo de Queretaro, no México, para Dallas, nos EUA. Ontem estive no estádio Corregidora para partida de volta das oitavas de final da Copa Libertadores da América entre América e Santos. Um jogo difícil, em um gramado ruim e com uma altitude não desprezível para os jogadores brasileiros, acostumados com partidas no nível do mar. Conversei com muitos jornalistas no estádio, ouvi muito coisa escrita por comentaristas no twitter e pelo rádio via internet e cheguei a uma conclusão, novamente. O gol mudaria tudo.
Claro que essa frase parece trivial e até mesmo obvia. Mas a verdade é essa. A diferença do gênio de ontem para o idiota de amanhã pode ser um único gol em um acidente. Muricy Ramalho, técnico do Santos, percebendo a dificuldade do jogo criou no segundo tempo uma retranca enorme. Os jogadores do América não conseguiram entrar na área do Santos e dependiam de arremates de média e longa distância, todos defendidos pelo goleiro Rafael, em ótima fase. 
Muitos lembraram a fama defensiva do técnico do Santos, muitos falaram em garra e superação dos brasileiros, mas nenhum lembrou que uma falha do goleiro ou um bote mal dado pelo zagueiro e toda essa ciência iria por água abaixo. Em 5 segundos o time de guerreiros seria um monte de frouxos e o técnico genial um retranqueiro que não se da bem em confrontos de ida e volta.
Tudo no futebol, amigos, muda muito rápido. Craques são feitos todos os dias assim como vilões também. Não esperem de mim nessa coluna ser mais um cientista da bola. Prefiro contar as experiências que vivo e vivi no mundo todo com esse esporte, das historias que vi por ai. Enfim, não quero correr o risco de ver um gol mudar todo o meu texto e a minha opinião. 

Neste primeiro texto que escrevo para a Sambafoot quero falar sobre um assunto que há muito tempo penso. Qual a participação do acaso no futebol? Existe alguma ciência na bola ou muito da historia que contamos para nossos filhos, de jogadores heroicos e partidas épicas poderiam ter sido mudadas por uma pequena falha de marcação, uma má sorte do goleiro, enfim, um acidente de trabalho.

 

Hoje pagamos fortunas para os treinadores, alguns deles tem participação na mídia muito acima dos jogadores. Todos os canais de esporte possuem vários comentaristas que passam horas debatendo sobre determinado jogo tentando ou por meio de números ou por análises táticas esclarecer partidas muitas vezes decididas em um lance de sorte ou azar. 

 

Hoje escrevo para vocês durante um vôo de Queretaro, no México, para Dallas, nos EUA. Ontem estive no estádio Corregidora para partida de volta das oitavas de final da Copa Libertadores da América entre América e Santos. Um jogo difícil, em um gramado ruim e com uma altitude não desprezível para os jogadores brasileiros, acostumados com partidas no nível do mar. Conversei com muitos jornalistas no estádio, ouvi muito coisa escrita por comentaristas no twitter e pelo rádio via internet e cheguei a uma conclusão, novamente. O gol mudaria tudo.

 

Claro que essa frase parece trivial e até mesmo obvia. Mas a verdade é essa. A diferença do gênio de ontem para o idiota de amanhã pode ser um único gol em um acidente. Muricy Ramalho, técnico do Santos, percebendo a dificuldade do jogo criou no segundo tempo uma retranca enorme. Os jogadores do América não conseguiram entrar na área do Santos e dependiam de arremates de média e longa distância, todos defendidos pelo goleiro Rafael, em ótima fase. 

 

Muitos lembraram a fama defensiva do técnico do Santos, muitos falaram em garra e superação dos brasileiros, mas nenhum lembrou que uma falha do goleiro ou um bote mal dado pelo zagueiro e toda essa ciência iria por água abaixo. Em 5 segundos o time de guerreiros seria um monte de frouxos e o técnico genial um retranqueiro que não se da bem em confrontos de ida e volta.

 

Tudo no futebol, amigos, muda muito rápido. Craques são feitos todos os dias assim como vilões também. Não esperem de mim nessa coluna ser mais um cientista da bola. Prefiro contar as experiências que vivo e vivi no mundo todo com esse esporte, das historias que vi por ai. Enfim, não quero correr o risco de ver um gol mudar todo o meu texto e a minha opinião. 

 

Siga o Diogo no Twitter – @dkotscho2

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sambafoot_admin
Maio 13, 2011