O Campeonato Paulista disputado em turno único é uma disputa de vida ou morte para os vinte participantes. Essa forma de disputa coloca as equipes em alerta desde a primeira rodada, pois um tropeço inicial pode ser o prenúncio de um trágico final. Isso mesmo, porque tirando os clubes grandes que sempre postulam o título, os demais lutam desesperadamente para não cair de divisão. Os quatro primeiros se classificam para disputar o título em mata-mata e os quatro últimos caem para série A/2.
Dada a largada os mais preparados geralmente começam melhor, deixando para trás os concorrentes com elenco e estrutura de menor qualidade. Na metade do Campeonato a máquina de calcular entra em ação como imprescindível ferramenta de trabalho. Nesse período vários técnicos já caíram e outros estão prestes a cair, na corta bamba. Começa aí uma frenética e desesperada busca por reforços que são registrados em cima da hora, até no último dia de prazo para as inscrições.
Daí em diante já está praticamente definido quem vai lutar pelos primeiros lugares e quem vai brigar para não cair. No meio da tabela fica o “purgatório”. Aí estão as equipes que tanto podem subir ou descer na classificação.
Embora criticada por alguns, essa fórmula de disputa proporciona um interesse permanente pelo campeonato, renovando as emoções até a última rodada quando então se saberá quem foi para o “céu” ou para o “inferno”.
