EXCLUSIVO – Willian fala de ano no Fulham e racismo no futebol: “esperamos mais das autoridades”

Meio-campista falou ao Sambafoot sobre o amor por Londres e comentou a temporada bem-sucedida na Premier League
2023-05-26 17:13:52

O retorno de Willian à Inglaterra, e especificamente a Londres, foi como se reencontrar. O brasileiro nunca escondeu a sua paixão pela cidade. Foi nela que trilhou a maior parte de sua carreira, sempre em alto nível, seja por Chelsea, Arsenal ou Fulham.

Em 10º lugar na Premier League, o Fulham fecha a sua temporada neste domingo, contra o Manchester United. Os londrinos contaram com um sempre habilidoso Willian para chegar a esse resultado, um dos melhores da história do time no torneio.

A entrevista, que aconteceu há uma semana, tratou de momentos da carreira do brasileiro no futebol do exterior. Sequer tinham acontecido os novos casos de racismo contra Vinicius Junior na partida entre Valencia e Real Madrid. Apesar disso, Willian analisou conceitualmente como a questão afeta o esporte. 

“Esse é um assunto importante, sobre o racismo. Eu sempre falo que nós, jogadores, não temos o poder de tomar decisões, de dar uma punição ou punir alguém que seja racista ou algo desse tipo. Nós só conseguimos mesmo compartilhar e expor a situação nas nossas redes sociais e tentar de alguma forma combater o racismo. Mas a gente não pode fazer muito mais do que isso. Não temos autoridade para fazer mais do que isso”, comentou o jogador do Fulham.

“Quem pode punir, banir se for preciso, alguém que seja racista são os dirigentes, os presidentes de federações, presidentes de clubes, enfim. São essas pessoas que podem intervir numa situação dessas e realmente punir quem seja o racista para combater essa questão que realmente incomoda a nós jogadores. Nós fazemos o que podemos, mas esperamos muito mais, muito mais mesmo, das autoridades e das pessoas que têm o poder para fazer isso e acabam não fazendo”, acrescentou. 

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Confira abaixo outras respostas de Willian na entrevista ao Sambafoot.

Qual o seu melhor momento no Fulham até hoje? A melhor história, algo que você sempre vai lembrar.

“Tenho vivido momentos especiais. Cada jogo tem sido especial, cada vitória tem sido importante. Acho que posso dizer que o nosso jogo contra o Southampton fora de casa foi um momento especial. O clube atingiu 15 vitórias em uma edição de Premier League e acho que foi um número que o clube talvez nunca tenha atingido. Esse ano a gente conseguiu isso. A gente ainda pode bater os 55 pontos, caso vençamos no próximo jogo. Caso cheguemos a isso, alcançamos o recorde de pontos do time na história – se não me engano, o máximo era 53. Foi especial esse jogo contra o Southampton e a gente tem esse objetivo de também quebrar esse recorde. Com certeza, vai ser muito especial.

Um momento também legal e importante foi nas partidas contra o Chelsea, tanto no primeiro, em casa, quanto no segundo, em Stamford Bridge. Depois de muitos anos jogando lá no Chelsea, eu saí e quando eu estava no Arsenal não tinha jogado lá contra o Chelsea. Poder voltar lá e ser recebido da forma que eu fui foi muito especial para mim. Essa temporada tem tido momentos especiais. Cada jogo tem sido importante e esse contra o Chelsea, lá, foi muito especial.

Não esperava ser recebido da forma que eu fui. Me surpreendeu muito o carinho e o respeito do torcedor do Chelsea por mim. Foi um dia muito emocionante para mim e para a minha família, a festa que eles fizeram desde quando eu entro no campo para o aquecimento e depois quando fui substituído no segundo tempo, o estádio todo me aplaudiu, cantaram a minha música, então realmente foi muito especial”.

 

 

No jogo contra o Leicester, você fez dois gols. O que significou? 

“Nesse jogo do Leicester, consegui os dois gols. É sempre bom quando a gente faz gols e principalmente dois em um jogo só. Com certeza, foi um jogo importante, um jogo em que o time jogou bem e eu pude contribuir não só com gols, mas com boas jogadas. Joguei muito bem também. É bom receber o carinho do torcedor. Desde a minha chegada, tenho recebido o carinho deles e a cada jogo que passa isso vem sendo visível. Sempre quando sou substituído, eles aplaudem bastante, gritam o meu nome. Isso tem sido bem legal e procuro retribuir esse carinho dentro de campo jogando bem e ajudando a equipe.

Não só nesse jogo contra o Leicester, mas na temporada toda venho muito bem, independente de gols venho produzindo bastante para a equipe, jogando bem, criando jogadas, dando passes para gol. Esse jogo foi o reflexo do que vem acontecendo na temporada comigo e com a equipe também, fazendo bons jogos e sempre evoluindo. Isso tem sido bom”.


Por que você gosta tanto de Londres? Só jogou em times daí. 

“É verdade, só joguei nas equipes de Londres aqui na Inglaterra (risos). Chelsea, Arsenal e agora no Fulham. Eu amo a cidade. Me apaixonei pela cidade desde a primeira vez que eu vim para cá. Gosto muito, assim como minha família também. Amamos morar aqui, viver em Londres. É uma cidade incrível, fantástica e tem muitas coisas para fazer. Muitos restaurantes, shoppings, parques, muitas atrações, como teatro, shows, enfim. É uma cidade incrível. Para mim, é uma das melhores, se não for a melhor, cidade do mundo para morar. Para mim, é a melhor do mundo. Eu gosto muito, gosto muito mesmo. Consigo, no tempo livre, consigo desfrutar, sair, ir em restaurante, caminhar pelas ruas, parar num café, enfim. É uma cidade incrível”.

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