Entrevista exclusiva com Fernandinho, do Manchester City

Manchester City, seleção brasileira e Copa do Mundo estão entre os assuntos debatidos com o volante Fernandinho Após oito anos na Ucrânia, ele chegou ao Manchester City essa temporada e já virou titular absoluto. No pouco tempo de clube, já conquistou seu primeiro título, a Copa da Liga Inglesa. Suas boas atuações lhe renderam uma […]
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sambafoot_admin
2014-03-12 12:11:00

Manchester City, seleção brasileira e Copa do Mundo estão entre os assuntos debatidos com o volante Fernandinho

Após oito anos na Ucrânia, ele chegou ao Manchester City essa temporada e já virou titular absoluto. No pouco tempo de clube, já conquistou seu primeiro título, a Copa da Liga Inglesa. Suas boas atuações lhe renderam uma convocação para a seleção brasileira e, no momento, é um nome forte para estar presente na lista final de Felipão para a Copa do Mundo. Este é Fernandinho, volante do Manchester City e, agora, da seleção brasileira. O Sambafoot trás uma entrevista exclusiva com o jogador, que gentilmente nos atendeu e cedeu um pouco de seu tempo para responder nossas perguntas. Confira abaixo a entrevista exclusiva do Sambafoot com Fernandinho.

Você chegou há pouco tempo no Manchester City, mas conseguiu se adaptar muito rapidamente, após alguns anos na Ucrânia. Como foi essa adaptação?

O processo de adaptação realmente foi bem rápido. Eu cheguei aqui, procurei fazer o meu melhor, trabalhei bastante. Procurei fazer tudo o que o treinador me pediu e eu consegui, nestes seis meses, conquistar a confiança dele, dos meus companheiros e o respeito da torcida. Acho que o que me ajudou nessa adaptação foi trabalhar muito duro para alcançar meu objetivo, que era ser titular da equipe.

Você chegou em uma equipe que não tem nenhum brasileiro. As vezes pode ser difícil para um jogador brasileiro chegar em um clube novo, em um país novo, que não conhece o idioma e não ter um contemporâneo. Como foi isso para você?

Eu não me preocupei muito com isso. Independente de ter ou não algum outro brasileiro eu tinha que trabalhar e jogar para poder estar no time titular e conquistar meus objetivos pessoais. E foi isso que eu fiz. Não fiquei pensando no fato de não ter brasileiros e foquei no meu trabalho para alcançar esses objetivos.

Você ficou oito anos na Ucrânia, adquiriu uma experiência para sempre receber os brasileiros lá no seu time. Você acha que no Manchester City essa recepção foi boa?

Foi boa, sim. O pessoal me recebeu bem por aqui, me ajudou bastante. Acho que isso foi muito importante para mim, me deixou bastante tranquilo para desenvolver meu trabalho dentro de campo. E sou muito agradecido por isso.

Foram quase dez anos na Ucrânia. Por que você ficou tanto tempo no país?

Eu acho que não havia tido uma oportunidade real de sair, por isso fiquei tanto tempo. As propostas que chegaram, não agradaram e a primeira proposta real, de um clube que realmente queria me tirar de lá, foi do Manchester City. Então decidi aproveitar e saí do país depois de oito anos.

Você conquistou há pouco tempo o seu primeiro título na Inglaterra, a Copa da Liga Inglesa, derrotando o Sunderland. Como você se sente após este primeiro título?

Acho que foi importante para nós, especialmente para mim, por já ganhar um título logo na primeira temporada no clube. Foi uma conquista muito importante e da mais motivação para continuar batalhando pelos próximos títulos.

Você acredita que o Manchester City pode vencer a Premier League esta temporada?

Acho que é possível. Nós ainda temos chance de vencer e vamos lutar por esse título até o final da temporada. Estamos com três jogos a menos na tabela, então temos que vencer todos estes para continuarmos fortes e podermos ganhar o campeonato.

Na quarta-feira o Manchester City tem um jogo importante contra o Barcelona. O jogo de ida foi complicado, uma derrota em casa. O que o City pode fazer para conseguir superar o Barça fora de casa?

Acho que o importante agora vai ser nós nos concentrarmos bem para podermos chegar lá em Barcelona bem e tentar reverter essa situação. Está todo mundo ciente disso, que começamos o jogo perdendo por 2×0, e que teremos que fazer de tudo para reverter esse placar.

A nível pessoal, quais são os seus objetivos no Manchester City neste resto de temporada?

Os objetivos pessoais acredito que sejam continuar jogando no nível de atuação que venho tendo, para poder ajudar na tentativa de conseguir essa virada em Barcelona, que seria histórica, e continuar na luta pelo título da Premier League, que será muito importante para nós. Então é, basicamente, manter o nível para conseguirmos alcançar esses objetivos.

Falando do Barcelona e da seleção brasileira, o Neymar chegou faz pouco tempo também na Espanha e na seleção ele sempre se destaca, inclusive tendo feito três gols no último jogo, contra a África do Sul. O que você acha da adaptação do Neymar?

Eu acho que a adaptação de todo jogador pode ser um pouco difícil as vezes. Todo jogador precisa de um suporte, de um apoio para poder desempenhar um bom papel. Então, acredito que logo o Neymar vai se reencontrar de vez e vai fazer o que ele sabe de melhor, que é jogar futebol.

Falando mais da seleção brasileira agora, você marcou um gol na sua participação contra a África do Sul. Você acha que, graças à este gol, você aumentou suas chances de ir à Copa do Mundo?

Bom, não sei se o gol em si foi tão importante. Acho que a performance tem que ser feita em geral, da minha atuação toda nesse amistoso. Então espero que meu trabalho tenha agradado o treinador e vou continuar trabalhando duro no meu clube para que eu possa realizar o meu sonho, que é ir à uma Copa do Mundo.

Para você, esse jogo foi diferente já que, assim como o Rafinha, só teria esse jogo para mostrar o seu trabalho para o Felipão para tentar uma vaga na Copa do Mundo? Você sentiu essa pressão?

Eu estava bem tranquilo. Eu sabia que essa era a última oportunidade que teríamos, então procurei ficar tranquilo porque assim as coisas fluem melhor. Esqueci essa pressão, me mantive tranquilo e procurei jogar o meu futebol.

Para você, o que falta para garantir a sua vaga na Copa do Mundo?

Agora o que falta é continuar jogando no mesmo nível no clube, porque vai ser muito importante estar jogando bem na hora da convocação para que o treinador possa avaliar e tomar a decisão dele. O que eu quero é estar jogando bem aqui no Manchester City para que no momento da convocação o meu nome esteja entre os vinte e três chamados.

O Felipão falou alguma coisa com você antes ou depois do jogo contra a África do Sul?

Falou apenas com o grupo em geral. Deu parabéns pela vitória, pela forma como o time jogou, e acho que isso é muito importante, estar sempre em contato com os jogadores, transmitindo confiança e nós nos espelhamos muito nele.

Falando deste jogo, no primeiro tempo você jogou um pouco mais recuado, dando mais liberdade ao Paulinho, e no segundo tempo, com a entrada do Luis Gustavo, você ficou um pouco mais avançado e parece que você foi melhor, atuou mais solto. Como você prefere atuar?

Eu não tenho problema nenhum em jogar em qualquer uma dessas duas posições. Eu atuo das duas formas no Manchester City e na seleção não seria um problema. Então, o que o treinador precisar de mim eu estarei à disposição, tanto em uma quanto em outra posição.

Sobre a Copa do Mundo, você acha que a pressão da camisa pode prejudicar o time durante a competição?

Seleção é sempre difícil. Acho que pressão todas as seleções terão, por estarem jogando a Copa do Mundo. Espero que o Brasil possa lidar bem com essa pressão, que os jogadores possam se sobressair e entrar preparados psicologicamente para poder fazer uma boa Copa e fazer essa pressão virar algo positivo, com a torcida ao nosso lado.

Uma última pergunta. Você foi revelado no Atlético Paranaense. Como você aprendeu a chutar tão forte, como vimos no jogo do Brasil?

Os chutes eu treinei bastante no Brasil, nas categorias de base. Era um treinamento diário que fazíamos e isso ajudou bastante na minha carreira. Então, todas as coisas que eu aprendi lá atrás eu ainda levo comigo hoje em dia para a minha carreira