O volante do Tottenham e da seleção brasileira gentilmente respondeu às perguntas do Sambafoot
A Copa do Mundo está se aproximando e quando pensamos na seleção brasileira, vemos alguns nomes que certamente estarão na lista final para a competição. Entre eles, está Paulinho, volante do Tottenham. O ex jogador do Corinthians recebeu gentilmente as perguntas do Sambafoot, as quais ele fala sobre sua época no clube paulista, seu momento atual no futebol inglês e suas expectativas para a Copa do Mundo.
Confira abaixo a entrevista completa do volante ao Sambafoot:
– Corinthians:
Sua saída influenciou muito os resultados do Corinthians, que fracassou no ultimo campeonato brasileiro. O Timão era dependente do Paulinho?
Não, de forma alguma. O Corinthians tem um grupo de jogadores espetacular, muito talentoso. O coletivo sempre chamou mais a atenção do que o aspecto individual. Infelizmente, no Brasileiro deste ano o time não conseguiu emplacar uma boa sequência de jogos.
O que você acha da volta do Mano Menezes ao comando do Corinthians?
Acho uma boa escolha da diretoria. O Mano provou ao longo dos últimos anos o quão profissional ele é. Trabalhei com ele e torço para que o Corinthians volte a ganhar com o seu retorno.
– Tottenham:
Foi difícil para você a adaptação a seu novo time, sobretudo depois da mudança de treinador e de suas lesões?
Foi um processo novo para mim, mas desde o início acreditei que tudo daria certo rapidamente na minha adaptação. Os meus novos companheiros me receberam muito bem e a estrutura do clube me impressionou. Tudo isso me ajudou a ter tranquilidade para desempenhar o meu trabalho dentro de campo.
Quais sãos as principais diferenças entre o Villas-Boas e o Tim Sherwood?
Os dois entendem demais de futebol. São grandes profissionais. O Tim tem a vantagem de conhecer o clube, além de ter sido jogador de futebol. Mas ambos são profissionais incríveis.
Em qual posição você prefere atuar: como segundo/terceiro volante ou quase como meia, em posição mais ofensiva?
Eu sempre me destaquei jogando como segundo volante, tendo mais liberdade para aparecer como elemento surpresa na frente. Posso fazer a função de terceiro homem de meio campo também. Aqui na Inglaterra, jogo de forma mais parecida com o que os ingleses chamam de box-to-box, o cara que marca e joga. É como eu me sinto mais confortável em campo.
Que diferenças você vê entre a Premier League e o campeonato brasileiro?
Aqui na Premier League você precisa ter um raciocínio muito mais rápido. Os espaços são mais curtos e o jogo é muito mais tático e pegado. É preciso estar sempre ligado e voando fisicamente.
Seu estilo de jogou evoluiu na Inglaterra? Em quais aspectos?
Sempre que há uma mudança, eu procuro obter uma evolução. Na Inglaterra, tenho adquirido mais conhecimento tático e melhorado a rapidez do meu raciocínio. Hoje, eu me vejo como um jogador ainda mais maduro e dinâmico.
O time esta em dificuldade no campeonato. O que está dando errado?
Estamos passando por um momento instável. Estamos treinando duro para buscar logo a solução de nossos problemas. Nosso time tem muita qualidade e tenho certeza que sairemos dessa situação o mais rápido possível.
A saída do Gareth Bale pesou muito?
É claro que a perda de um jogador do nível do Bale dificulta. O time demora a se adaptar a não ter mais um craque daquele porte em campo. Mas como eu disse, o Tottenham tem jogadores incríveis e jamais dependerá somente de um ou de outro. O nosso coletivo é muito forte.
O Real Madrid está tentando sua contratação. O que você acha disso? Tem algo concreto?
Procuro deixar esses assuntos com meu empresário, mas sem duvida é um reconhecimento para qualquer jogador ser cobiçado por um clube com a história do Real Madrid. Atualmente, estou com a cabeça totalmente focada em voltar a jogar e fazer o Tottenham vencer.
– Copa do Mundo:
Você já pensa na Copa de 2014? Como você esta se preparando psicologicamente?
É impossível não pensar. É o sonho de todo jogador. Imagina poder ganhar um Copa do Mundo no seu próprio país? Seria o dia mais feliz da minha carreira. Mas procuro conter a ansiedade e focar no trabalho. As coisas vão acontecer na hora certa.
Como você vê a concorrência na Seleção com Lucas Leiva, Sandro, Ramires e Luiz Gustavo?
São grandes jogadores, cada um com sua característica. É muito bom para a Seleção e para o Felipão poder contar com nomes como esses para escalar seu time.
