Entrevista exclusiva com Emerson, do Rennes

O jogador brasileiro atendeu gentilmente a equipe do Sambafoot e falou um pouco sobre a sua carreira Mesmo sem passar por um dos grandes clubes do Brasil, Emerson gerou interesse nos diretores do Lille enquanto atuava pelo J. Malucelli, do Paraná. O lateral-esquerdo teve uma passagem de destaque no clube, onde foi campeão francês e […]
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sambafoot_admin
2014-01-14 19:48:00

O jogador brasileiro atendeu gentilmente a equipe do Sambafoot e falou um pouco sobre a sua carreira

Mesmo sem passar por um dos grandes clubes do Brasil, Emerson gerou interesse nos diretores do Lille enquanto atuava pelo J. Malucelli, do Paraná. O lateral-esquerdo teve uma passagem de destaque no clube, onde foi campeão francês e da Copa da França. Após isso, teve passagens pelo futebol português e turco antes de retornar à França para atuar pelo Rennes. Confira a entrevista exclusiva do jogador ao Sambafoot.

Você começou sua carreira em 2006, no modesto J. Malucelli e depois você foi direto para o Lille, da França. Como foi isso? Como o Lille te detectou e foi atrás de você?

Os diretores do Lille vieram ao Brasil para comprar um jogador que atuava comigo. Então, o meu empresário foi até ele e perguntou se não estavam interessados em fazer mais uma contratação. Eles se interessaram, desde que fosse um garoto jovem, pois estavam precisando de gente mais nova. Aí o meu empresário falou de mim e os diretores começaram a me acompanhar nos treinos do clube e gostaram. Depois disso, o Lille e o Malucelli entraram em acordo para eu passar por um período de treinamentos na França, que durou vinte dias, e eu fui aprovado e assinei contrato.

Como você avalia a sua passagem pelo Lille?

Pra mim, foi uma das melhores épocas da minha vida. Nós fomos campeões franceses, vencemos também a Copa da França e quando não vencíamos sempre fazíamos boas campanhas. Além disso, as condições de trabalho eram muito boas, então foi um momento maravilhoso esses sete anos em que estive no Lille e sou muito feliz e muito grato pelo clube ter aberto as portas para mim.

Após isso, você foi para o Benfica. Como foi sua passagem pelo clube?

Eu fiquei dois anos no Benfica. Participei do Campeonato Português e da Liga dos Campeões. Mas no Benfica, mesmo sempre fazendo boas campanhas, o que eles queriam eram títulos. E quando não vêm, eles trazem jogadores e emprestam ou vendem alguns dos que já estão no clube. E em uma dessas eu estava na lista de transferências e fui vendido para um time na Turquia. Mas também foi um bom período. Tive muitas chances de jogar, inclusive agradeço ao treinador Jorge Jesus pelas oportunidades. E após isso, passei dois anos no clube turco e ao final do meu contrato, a diretoria do Rennes me procurou e eu assinei meu contrato atual, de uma temporada, e ao final do vínculo vamos resolver minha situação. Mas acredito que sempre tive boas passagens por onde joguei. Se eu estou aqui hoje, devo primeiramente à Deus e também aos clubes que me deram oportunidade.

Sua transferência para o Rennes foi uma surpresa e eles haviam acabado de trocar de treinador. Como o clube foi buscar você lá na Turquia? Como foi essa negociação?

O meu empresário estava fazendo alguns contatos e me passou que o Rennes tinha interesse em me contratar. Haviam alguns outros clubes também, mas nada de concreto. Então o meu empresário me mandou aguardar e eu continuei treinando na Turquia. Após isso, fui liberado e vim fazer exames e assinei contrato de um ano com o Rennes.

Falando do seu treinador, o Philippe Montanier, como você o avalia? Como que ele trabalha no dia a dia?

O Montanier é um treinador que exige muito de seus jogadores. A cada dia ele quer mais. Mesmo quando as coisas não estão dando certo ele procura insistir no aspecto do trabalho duro para quando chegar na hora do jogo, ele poder ver quem está bem para poder jogar. Então, pra mim, ele é um treinador que sabe o que quer para ele e sua equipe. É um treinador tranquilo, na dele, orienta bem o time taticamente. Agora, depende de nós, jogadores, fazer o melhor para terminar a temporada bem porque estamos em 15°, mas o campeonato aqui na França é muito corrido, então se vencermos duas partidas podemos chegar lá na frente. O treinador chegou a pouco tempo mas sabe orientar muito bem a equipe.

Por que o Rennes está decepcionando no Campeonato Francês? Vocês possuem um bom time…

Então, a gente tem uma boa equipe mas as vezes isso acontece com todo clube, as coisas não dão certo, entende? Mas agora entramos em um novo ano e a tendência é que consigamos melhorar as coisas para sair da situação que estamos. Já começamos bem na Copa da França e agora temos cinco jogos para poder marcar pontos no Campeonato Francês para podermos seguir em frente.

Sobre esse ano de 2014. Você chegou no clube em 2013, começou no banco e agora entrou como titular nos últimos jogos. Quais são os seus objetivos para este ano?

Meu objetivo agora é ajudar ao máximo o Rennes e fazer meu melhor dentro de campo para conseguirmos alcançar nossos objetivos lá na frente, no final da temporada. Queremos terminar bem e quem sabe com uma vaga em uma das competições da UEFA. Até agora, tudo é possível. O campeonato está em aberto. O Paris Saint-German possui uma grande equipe, com grandes jogadores, mas ficar entre os cinco primeiros pra nós não é impossível, então nós vamos lutar para conseguir esse objetivo.

Uma última pergunta, sobre o Paris Saint-German e o Mônaco. O que você acha desses dois times e qual deles é o melhor, na sua opinião?

Eu acho que hoje, aqui na França, o PSG faz boas contratações, está sendo em visto na Europa toda e, na minha opinião, é o melhor. O Mônaco também fez boas contratações e possui uma equipe muito boa. Um outro time é o Olympique de Marseille, que não terminou o último ano muito bem, mas ainda assim é uma grande equipe.