A Ligue 1, como é conhecido o Campeonato Francês, pode ter um campeão inédito em 2012. Trata-se do pequeno Montpellier, clube do sul do país que foi fundado apenas no ano de 1974. Oriundo de uma cidade de 255 mil habitantes, o time disputa o título ponto a ponto com o multimilionário Paris Saint-Germain, que conta com jogadores renomados internacionalmente como Alex, Nenê e o argentino Javer Pastore.
E, como não poderia deixar de ser, um brasileiro tem surgido como uma das principais figuras do Montpellier: o beque Vitorino Hilton. O jogador, que começou a carreira nas divisões de base do Gama, passou ainda por Chapecoense e Paraná antes de sair do Brasil.
O destino foi o Servette, da Suíça, onde permaneceu entre 2001 e 2004. Após este período, uma nova fase começou na carreira do atleta, com a transferência para o Lens, da França. Foram outros quatro anos na equipe, onde suas atuações chamaram a atenção do grandioso Olympique de Marseille. Mas a sua vida não seria nada fácil em um dos clubes mais tradicionais da França.
Drama pessoal provoca mudança de ares
Foram três anos de altos e baixos. Depois de ser titular durante toda a sua primeira temporada, Hilton foi gradualmente perdendo espaço com o técnico Didier Deschamps.
Mas este não nem de perto o maior problema do jogador no período. Em julho de 2011, a sua casa na França foi invadida e assaltada por homens armados, que o agrediram. O incidente foi a gota d’água para a saída do zagueiro do Olympique, após a conquista de um Campeonato Francês e duas Copas da Liga Francesa. O destino, como é sabido, foi o Montpellier.
Retorno ao Brasil seduz
Flamenguista de coração, Hilton não esconde o desejo de atuar pelo clube de maior torcida do Brasil: “Sou flamenguista. Não pensaria duas vezes, amanhã eu já estaria aí”, afirmou em entrevista realizada no dia 30 de março.
Enquanto o sonho não se concretiza, o zagueiro de 34 anos vai tentando fazer história em solo europeu, na busca pelo primeiro título francês do Montpellier. A nove rodadas do fim da Ligue 1, o clube é o líder, com os mesmos 60 pontos do PSG, mas levando vantagem nos critérios de desempate.
