Flamengo 1×2 Boavista – Rubro-Negro perde em noite de arbitragem polêmica

Quem esperava uma partida tranquila teve uma grande surpresa ao assistir a Flamengo x Boavista. O jogo, que aconteceu na noite desta quarta-feira em Macaé, acabou se revelando uma verdadeira batalha, sendo disputado intensamente pelos dois times até o último minuto, e dotado de uma certa dose de violência. Terminado com o placar de 2×1 […]
por
sambafoot_admin
2012-03-01 08:24:00

Quem esperava uma partida tranquila teve uma grande surpresa ao assistir a Flamengo x Boavista. O jogo, que aconteceu na noite desta quarta-feira em Macaé, acabou se revelando uma verdadeira batalha, sendo disputado intensamente pelos dois times até o último minuto, e dotado de uma certa dose de violência. Terminado com o placar de 2×1 a favor da equipe da Região dos Lagos, o confronto foi marcado ainda por uma arbitragem que não agiu com o pulso necessário para conter os ânimos dos jogadores, e influenciou de maneira direta no resultado ao validar um gol do Boavista em que o lateral direito Sheslon levou a mão de encontro à bola.

O jogo: gol rubro-negro e equilíbrio

Logo aos 4 minutos, o Flamengo deu a impressão de que poderia se impor e ter uma vitória tranquila, quando Deivid arriscou de fora da área e carimbou a trave. No rebote, Vagner Love precisou finalizar duas vezes para finalmente encontrar o fundo das redes e abrir o placar para o Rubro-Negro.

Mas a euforia pelo gol precoce logo foi contida. O Boavista, talvez a equipe pequena que tenha tido mais sucesso contra grandes cariocas nos últimos anos, não se intimidou e passou a jogar de igual para igual com o Flamengo. Tony, bem aberto pela direita, e Thiaguinho, chegando de trás e explorando a lentidão da zaga rubro-negra, eram duas boas opções.

Na marca dos 34 minutos da etapa inicial, o primeiro lance de maior tensão na partida. Alguns minutos depois de levar a pior em uma dividida, o volante flamenguista Willians sofreu uma entrada criminosa do meia-atacante Tony, que o tirou de campo pelo resto da partida e pode ter causado algum problema sério de contusão. Os rubro-negos reclamaram muito da jogada, pedindo uma expulsão que seria absolutamente cabível ao camisa 7 do Boavista. Mas o resultado foi apenas um cartão amarelo.

Reação do Boavista e nervos à flor da pele

Quando o cronômetro chegava perto do final do primeiro tempo e tudo indicava que o Flamengo levaria a vantagem para os vestiários, eis que um lance frustrou os planos rubro-negros. O volante chileno Claudio Maldonado, que entrara na partida no lugar do lesionado Willians, não foi páreo para a velocidade do meia Thiaguinho e apelou para a violência para pará-lo, aplicando um carrinho no jogador dentro da área. Pênalti bem marcado pelo árbitro Felipe Gomes da Silva, que Somália cobrou com categoria para deixar tudo igual.

Na volta dos vestiários, a tônica da partida permaneceu sendo o equilíbrio. O Flamengo, atuando com uma linha de três volantes e apenas o argentino Darío Bottinelli na criação, apresentava os problemas de sempre para fazer a bola chegar com qualidade à sua dupla de ataque, e tinha dificuldades para penetrar na sólida zaga da equipe de Bacaxá. No outro lado, o Boavista permanecia entrando forte em todas as divididas e obstinado a encarar o adversário no mesmo nível.

Aos 11, o lance que mudaria a partida aconteceu. Paulo Rodrigues cobrou escanteio pela direita e Sheslon, disputando a jogada com Rafael Galhardo, levou o braço de encontro à bola. O leve desvio na sua trajetória foi suficiente para impedir a intervenção do goleiro Felipe e virar a partida a favor do Boavista. A arbitragem, no entanto, errou grotescamente ao validar o lance, para desespero dos jogadores e da comissão técnica rubro-negra.

Além de alterar o placar, o lance mudou a postura das duas equipes. O Boavista, naturalmente, passou a atuar de maneira mais fechada, enquanto o Flamengo partiu para o tudo ou nada. O técnico Joel Santana lançou os jovens Negueba e Diego Maurício na esperança de dar mais velocidade à equipe, mas não teve muito êxito. A criação e o último passe permaneciam sendo problemas enormes para o Rubro-Negro, e a pressão desesperada não surtia muito efeito.

Loucura antes do apito final

Nos minutos finais, mais um lance inusitado deu um novo ânimo à partida. Uma discussão iniciada pelo lateral direito rubro-negro Rafael Galhardo e pelo goleiro Thiago acabou transformando-se em uma confusão generalizada com a entrada de um furioso Renato Abreu. O resultado foi a expulsão acertada do goleiro do Boavista e do meia do Flamengo, que trocaram tapas durante o desentendimento.

Como já havia feito as três alterações, no entanto, o técnico Alfredo Sampaio foi forçado a assistir ao volante Leandro Teixeira calçar as luvas de Thiago e assumir a camisa 1. Mas a defesa do Boavista permanecia frustrando as tentativas adversárias, e o Fla não conseguiu se aproveitar da situação favorável para empatar nos minutos finais.

No fim das contas, uma amarga e polêmica derrota para os comandados de Joel Santana, que perderam ainda Renato Abreu, suspenso, e provavelmente um lesionado Willians para o compromisso do próximo domingo. O adversário da vez será o Duque de Caxias, e a partida acontecerá às 18h30. O Boavista, provisoriamente na liderança do Grupo B com 3 pontos conquistados, receberá o Macaé, às 16h do mesmo dia, em Bacaxá.

FICHA TÉCNICA

Local: Estádio Claudio Moacyr, Macaé (RJ)

Data/Horário: 29/02/2012 – 22h (horário de Brasília)

Árbitro: Felipe Gomes da Silva (RJ)

Gols: Vagner Love (4’/1ºT), Somália (47’/1ºT), Paulo Rodrigues (16’/2ºT)

Renda/público: R$ 37.920,00/2. 461 presentes

Cartões amarelos: Darío Bottinelli (18’/1ºT), Thiaguinho (23’/1ºT), Tony (35’/1ºT), Felipe (14’/2ºT), Paulo Rodrigues (16’/2ºT)

Cartões vermelhos: Renato Abreu (44’/2ºT), Thiago (44’/2ºT)

Flamengo: Felipe; Leonardo Moura, Welinton, David Braz e Júnior César; Willians (Claudio Maldonado, 38’/1ºT), Muralha e Renato Abreu (c); Darío Bottinelli (Guilherme Negueba, 15’/2ºT); Deivid (Diego Maurício, 25’/2ºT) e Vagner Love. Técnico: Joel Santana.

Boavista: Thiago; Sheslon, Bruno Costa, Luiz Alberto (c) e Paulo Rodrigues; Júlio César e Leandro Teixeira; Tony, Thiaguinho (Léo Pimenta, 23’/2ºT) e Ernani (Marlon, 14’/2ºT); Somália (Fábio Braz, 41’/2ºT). Técnico: Alfredo Sampaio.