Botafogo 1(3)x(4)1 Fluminense – Loco Abreu perde pênalti decisivo e Tricolor se classifica no sufoco para a final da Taça Guanabara

O espectador que esperava uma partida semelhante ao clássico de ontem entre Vasco e Flamengo teve uma surpresa ao assistir a semifinal desta quinta-feira, entre Botafogo e Fluminense, pela Taça Guanabara. O jogo, que deu ao Tricolor carioca o direito de disputar a grande decisão do turno contra o cruzmaltino, começou a apresentar-se de maneira […]
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sambafoot_admin
2012-02-24 07:03:00

O espectador que esperava uma partida semelhante ao clássico de ontem entre Vasco e Flamengo teve uma surpresa ao assistir a semifinal desta quinta-feira, entre Botafogo e Fluminense, pela Taça Guanabara. O jogo, que deu ao Tricolor carioca o direito de disputar a grande decisão do turno contra o cruzmaltino, começou a apresentar-se de maneira mais estudada, com grande respeito e poucos riscos pelos dois lados.

Primeiro tempo de poucas emoções

No Alvinegro, o técnico Oswaldo de Oliveira optou pelo tradicional 4-2-3-1, mas surpreendeu ao colocar argentino Germán Herrera jogando aberto pela direita. Com a alteração. Elkeson foi deslocado para a ponta esquerda, na função que pertence habitualmente ao suspenso Maicosuel. 

Contando ainda com os retornos de Andrezinho e Loco Abreu, o Botafogo claramente tinha as peças para somar ainda mais ao seu ótimo número de gols marcados no Campeonato Carioca 2012. Mas o Glorioso não conseguiu impor o seu ritmo da maneira que desejava, e se tornou dependente dos lampejos e jogadas individuais de Elkeson, o jogador mais efetivo da equipe.

Pelo lado tricolor, o cenário era um pouco mais animador. Se não jogava de maneira brilhante, a equipe de Abel Braga pelo menos apresentava uma organização inédita na temporada 2012, contando com atuações seguras de seus volantes na cobertura aos laterais e apostando fortemente na qualidade individual dos seus jogadores ofensivos.

O Flu explorava a velocidade de Bruno e Wellington Nem no lado direito e conseguia tocar a bola no meio com relativa tranquilidade. Mas a definição era um problema, muito pelo mal dia do centroavante Fred, e o Tricolor não conseguiu criar um número realmente elevado de boas oportunidades.

A ausência de gols ao fim do primeiro tempo foi o reflexo de uma partida que não era ruim, mas se ressentia de um pouco mais de ousadia dos dois treinadores. No retorno para os 45 minutos finais, no entanto, o cenário sofreria algumas alterações.

Domínio tricolor e 15 minutos de intensidade

O Flu, ainda mais organizado, passou a tomar conta do campo adversário, e chegou muito perto de marcar em cabeçadas de Fred e Thiago Neves. No Bota, Herrera era muito bem marcado por Carlinhos e Diguinho, Andrezinho parecia não estar em condições físicas ideais e Elkeson continuava sendo a única esperança de fazer a bola chegar a um solitário e isolado Loco Abreu.

Eis que, aos 29 minutos do segundo tempo, o futebol mostrou mais uma vez a sua imprevisibilidade apaixonante. Em uma falha gritante do lateral esquerdo Carlinhos, Herrera recebeu livre pela ponta direita e cruzou para Elkeson apenas empurrar para as redes e colocar o Glorioso em vantagem.

Era a hora de mudar. Abel Braga retirou de campo o lateral direito Bruno, que vinha tendo uma bela atuação até então, para colocar o centroavante Rafael Moura, em uma tentativa de aumentar o poderio ofensivo de sua equipe e chegar ao gol de empate.

E não demorou muito para as preces tricolores serem atendidas: apenas 5 minutos depois do gol do Botafogo, Márcio Azevedo cometeu pela segunda vez um grave erro de posicionamento e deixou Leandro Euzébio em condição legal para receber de Deco e, absolutamente sozinho, finalizar para tornar a colocar um empate no placar.

As equipes se encontravam desfiguradas taticamente, e aparentemente um pouco atordoadas com a atmosfera de emoção que uma partida até então cadenciada havia tomado. Algumas tentativas mal-sucedidas de jogo aéreo marcaram os últimos 10 minutos, até o apito do árbitro Péricles Bassols indicar o fim do tempo regulamentar e o início de uma decisão por disputa de penalidades.

Bota sai mais uma vez na frente, mas permite a reação

O Flu abriu os trabalhos com Fred, que bateu com frieza e fez 1×0, somente para ver Andrezinho deslocar o goleiro Diego Cavalieri e deixar tudo igual. Na cobrança seguinte, o volante Jean, que havia tido o melhor aproveitamento entre todos os jogadores tricolores no treino de quarta-feira, definiu com displicência e permitiu uma defesa fácil de Jefferson. Herrera não titubeou e botou o Alvinegro em vantagem.

Tudo parecia novamente se encaminhar bem para os comandados de Oswaldo de Oliveira, mas a noite estava longe do final. Thiago Neves cobrou o terceiro pênalti no meio do gol, mas teve sorte e fez 2×2. No lance seguinte, o lateral Lucas arrematou com violência. Diego Cavalieri acertou o canto e defendeu para botar o Flu novamente no páero.

Foi a vez de Rafael Moura bater de forma segura e virar para o Tricolor. Renato mostrou experiência e fez 3×3. Na quinta e decisiva cobrança, o escolhido no Flu era o zagueiro Anderson, enquanto que o Bota contava com Loco Abreu, seu principal batedor de pênaltis e capitão. Mas, mais uma vez, os deuses do futebol fizeram do improvável realidade, pois o defensor cobrou um extrema categoria e o uruguaio viu a sua tentativa ser defendida pelo goleiro Diego Cavalieri.

Com o resultado, o Botafogo disse adeus à Taça Guanabara, e já volta as suas atenções para a estreia na Taça Rio, às 19h da próxima quarta-feira, no estádio Godofredo Cruz. O adversário será o Americano, de Campos dos Goytacazes. Pelo lado tricolor, o foco vai totalmente para a final da Taça Guanabara, às 16h do próximo domingo, contra o rival Vasco da Gama. Expectativa de mais um grande jogo no Engenhão.