‘Assino embaixo que os torcedores gregos são mais apaixonados que os brasileiros’, diz Lino em entrevista exclusiva ao Sambafoot

Na última semana, o Sambafoot teve o prazer de entrevistar Lino, que está há três anos no PAOK, da Grécia. Ex-jogador de São Paulo, Fluminense e Porto-POR, o lateral-esquerdo, que é um dos ídolos da equipe de Salônica, falou sobre o futebol grego, as chances da equipe na Liga Europa e a possibilidade de voltar […]
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sambafoot_admin
2012-01-23 14:10:00

Na última semana, o Sambafoot teve o prazer de entrevistar Lino, que está há três anos no PAOK, da Grécia. Ex-jogador de São Paulo, Fluminense e Porto-POR, o lateral-esquerdo, que é um dos ídolos da equipe de Salônica, falou sobre o futebol grego, as chances da equipe na Liga Europa e a possibilidade de voltar ao Brasil. Confira:

Você jogou em grandes clubes brasileiros, mas parece que só no PAOK você realmente se encontrou. É isso mesmo?

Tive uma grande projeção nos clubes brasileiros em que atuei, mas aqui no PAOK as coisas estão acontecendo do jeito que eu queria. Estou tendo certo reconhecimento na Grécia e em grande parte da Europa e isso está sendo muito bom para mim.

Em Portugal, você jogou no Acadêmica e no Porto. Como foram essas experiências e o que te fez trocar o futebol português pelo grego?

No começo da temporada de 2006, aceitei o convite do Acadêmica, que tinha um projeto vencedor para reerguer o futebol da cidade. Após um bom Campeonato Português, fui contratado pelo Porto, onde fiquei dois anos e conquistei três títulos. Dois anos depois tive uma boa proposta do PAOK, que tinha um treinador português (Fernando Santos) que já me conhecia. Tive a felicidade de fazer um bom contrato e isso até agora está sendo muito bom para mim.

O PAOK conseguiu se classificar para a próxima fase da Liga Europa em primeiro lugar do seu grupo que tinha Tottenham e Rubin Kazan. Como foi a repercussão pela classificação?

Foi uma repercussão muito grande porque ninguém acreditava em nós. Todos ficaram surpresos e ao mesmo tempo felizes, pois era uma chave muito complicada. Para alegria da maioria do povo grego nos classificamos em primeiro lugar. Agora temos que nos concentrar somente no Campeonato Grego e depois voltar a pensar na Liga Europa.

Qual a expectativa para o confronto contra a Udinese? Até onde esse time pode chegar?

A maioria dos torcedores e jogadores conversam muito sobre a hipótese de passar pela Udinese, já que sabemos que tivemos dificuldades maiores contra o Tottenham e Rubin Kazan.  É lógico que não podemos esquecer que a Udinese está fazendo um excelente Campeonato Italiano. Vai ser um jogo difícil, mas temos condições de passar. Vamos fazer de tudo para chegar o mais longe possível na Liga Europa.

A torcida grega é tão apaixonada quanto à brasileira?

Passei por diversos clubes brasileiros e joguei em Portugal, mas nunca vi uma torcida tão apaixonada e dedicada como a grega. Os torcedores vão aos jogos, treinos, vem te cumprimentar e incentivar na rua. Para mim foi uma surpresa muito grande porque não sabia desse fanatismo. Estou há três anos aqui e assino embaixo que os torcedores gregos são mais apaixonados que os brasileiros.

Como a grave crise econômica vivida pela Grécia atinge vocês jogadores?

Nessa temporada a crise está afetando mais. Os salários não estão em dia, mas as dificuldades estão em diversos times da Europa. Os diretores estão fazendo de tudo para honrar seus compromissos e querem deixar os jogadores focados. Estamos dando um voto de confiança e esperamos que a coisa possa melhorar daqui para frente.

Ainda falta um título para coroar sua passagem pelo PAOK?

Não só para mim, mas para os outros jogadores que chegaram junto comigo ao PAOK. É uma geração boa de jogadores que precisa de títulos para ser reconhecida pelos torcedores. Não podemos deixar passar em branco essa temporada que está sendo boa para nós.

Você tem vontade de voltar a jogar no Brasil?

Meu contrato com o PAOK se encerra dia 30 de junho. Tenho um convite para renovar por mais dois anos, mas estou aguardando alguma coisa do Brasil, que está com uma grande visibilidade e repatriando uma série de jogadores que já jogaram na Seleção e em vários clubes da Europa. Se chegar alguma coisa do Brasil, vou sentar com meus empresários e escolher a melhor situação para mim.