Vasco e Flamengo empataram, hoje, mais uma partida no Engenhão. O placar foi o mesmo da última vez que jogaram no estádio pela final da Taça Rio: 0x0. O jogo deste domingo, assim como naquela ocasião, também teve clima de decisão. As duas equipes, na parte de cima da tabela e brigando pelo título do Brasileirão, enfrentaram-se pela última rodada (19ª) do 1º turno do Campeonato, às 16h00m.
Como Corinthians perdeu, o empate entre vascaínos e flamenguistas reduziu a distância para o líder. O Flamengo, na vice-liderança, está com 36 pontos, um a menos que o Timão. Já o Vasco se manteve na 4ª colocação com 35.
Na próxima quarta-feira, o Rubro-Negro viajará para Florianópolis, onde enfrentará o Avaí na Ressacada. O jogo acontecerá às 21h50m, horário de Brasília. No dia seguinte, o Cruzmaltino receberá o Ceará em São Januário, às 20h30m.
O jogo:
Domínio do Vasco, bola na trave, expulsão e Felipe
Dia de sol no Rio de Janeiro, estádio com bom público presente – maioria do Flamengo – e uma partida muito movimentada, com emoções de sobra, principalmente, no 1º tempo. Assim foi o Clássico dos Milhões no Engenhão do início ao fim.
Com pouco tempo de jogo, o Vasco foi quem chegou primeiro ao gol adversário. Eder Luis, dentro da área, chutou a bola de primeira e mandou por cima da meta de Felipe. A chegada vascaína ganhou resposta imediata do outro lado. Ronaldinho deu lindo passe para Leonardo Moura, que finalizou em cima de Fernando Prass para boa defesa do goleiro.
Aos 9 minutos, um lance chave para o desenrolar do confronto. Alex Silva, em dividida, torceu o joelho esquerdo e precisou ser substituído. A lesão obrigou o treinador do Flamengo a mexer muito cedo na equipe. Ronaldo Angelim foi o substituto. Assim, acabavam-se os zagueiros reservas no banco rubro-negro.
O Vasco da Gama era quem mais ameaçava. O time criava perigo com as jogadas individuais de Eder Luis, sempre muito rápido, Diego Souza e Fagner, que avançava muito pela direita. Alecsandro e Rômulo aproveitaram essas jogadas e quase marcaram de cabeça. Felipe salvou as duas vezes. Quando não era possível chegar na bola, evitava rezando. Foi isso o que lhe restou em uma cobrança de falta de Juninho, que quase abriu o placar. O goleiro, sem chances, ficou apenas olhando a bola passar tirando tinta de sua trave direita.
Se a velocidade de alguns jogadores e chegadas perigosas ao ataque empolgavam o torcedor vascaíno, o poder de marcação do time também não deixava a desejar. O Vasco conseguia recuperar grande parte das bolas e apertava a saída adversária. Uma dessas recuperações culminou com a expulsão do zagueiro Welinton. O defensor, à frente da área, foi surpreendido por Diego Souza e teve que puxar a camisa 10 do vascaíno para evitar que o mesmo saísse de frente para a meta de Felipe. Cartão vermelho, carimbada na trave na cobrança de Juninho e problemas para o treinador Vanderlei Luxemburgo.
Luxa acerta o time
A expulsão de Welinton e lesão de Alex Silva deram dor de cabeça ao comandante flamenguista. Sem zagueiros, Willians foi improvisado na zaga ao lado de Ronaldo Angelim. O volante Muralha, que foi relacionado para o jogo em cima da hora, entrou no lugar do atacante Deivid. Bottinelli saiu para entrada de Negueba, como forma de dar velocidade à equipe e apostar nos contra-ataques. Nessas circunstâncias, o empate já era um bom resultado.
O Vasco continuou melhor, embora as chances de gol foram diminuindo. O time tinha a posse de bola, mas não criava tantas jogadas quanto deveria. O Flamengo reduziu os espaços que dava na etapa inicial e acertou a marcação. Diego Souza, em lance individual, finalizou fraco para defesa de Felipe. Dedé, após cobrança de escanteio, também parou no goleiro rival.
Com um a mais, o Cruzmaltino decidiu ir para cima. Elton entrou no lugar do aplaudido Alecsandro e Juninho cedeu espaço para entrada de Leandro. O Time da Colina ficava com 3 atacantes em campo. Mais para o fim da partida, a pedidos, entrou o talismã Bernardo na vaga de Diego Souza.
As alterações não fizeram tanta diferença, apesar das oportunidades que tiveram. O Vasco não conseguia circular a bola a aproveitar a vantagem numérica. Elton teve duas chances. Na primeira, Fagner roubou a bola e passou para sua finalização por cima do gol. A segunda, o mesmo Fagner lançou a bola na área e, de calcanhar, o atacante desviou. Felipe, mais uma vez defendeu.
O Flamengo teve oportunidades de encaixar o contra-ataque, como planejou o treinador Vanderlei Luxemburgo, mas seus avançados pararam na reconstrução defensiva vascaína. Jumar, sempre bem posicionado, ajudava o Vasco a se recompor. A velocidade de Negueba assustava em alguns momentos.
No final, a polêmica que todo grande clássico do futebol tem. Bernardo, que havia entrado há pouco tempo, foi derrubado na área. O árbitro nada assinalou e a partida terminou por isso mesmo. Um empate que agradou muito à maioria do estádio e decepcionou os vascaínos que ambicionavam ultrapassar o rival ainda no 1º turno da competição.
