Diferentemente das duas últimas – e recentes – partidas contra o Vasco da Gama, o Palmeiras foi vitorioso nesta quinta-feira. Porém, a vitória não bastou para que o time saísse do Pacaembu com a classificação para a próxima fase da Copa Sul-Americana. A derrota em São Januário por 2×0 no jogo de ida fez com que o alviverde fosse eliminado, dentro de casa, mesmo ganhando por 3×1, de acordo com a regra de desempate dos gols marcados fora.
Jumar, ex-jogador do Verdão e não muito querido por boa parte da torcida, fez o gol do triunfo cruzmaltino. Luan, Kléber e Marcos Assunção marcaram para os paulistas, que atuaram com o time principal. O Gigante da Colina foi a campo com um time misto, pois prioriza o Campeonato Brasileiro.
O jogo:
Palmeiras sai na frente
Começando o jogo no prejuízo, o técnico Luiz Felipe Scolari escalou um quarteto ofensivo entre os titulares. Valdivia, Luan, Kléber e Maikon Leite começaram entre os 11 iniciais. O Vasco, por sua vez, foi a campo com um time sem alguns de seus principais jogadores, como Juninho, Felipe, Eder Luis e Anderson Martins, por exemplo.
Logo aos 5 minutos de bola rolando, o Palmeiras mostrou que iria para cima de seu adversário na esperança de reverter o placar construído em São Januário. Kléber recebeu belo passe e finalizou no canto direito de Fernando Prass. O goleiro se esticou e conseguiu espalmar.
Não tardou muito e o primeiro gol dos donos da casa surgiu, incendiando o confronto. Valdivia arriscou chute rasteiro de longe e o goleiro vascaíno deu rebote. Luan bateu forte para marcar. O Palmeiras seguiu melhor e ameaçava nas bolas paradas de Marcos Assunção. Uma delas foi desviada pelo zagueiro Henrique e passou sobre o gol cruzmaltino. Outra, direto para o gol, foi defendida por Prass. A melhor chance dos visitantes foi em uma finalização de fora da área de Leandro, que o goleiro alviverde mostrou o porquê de ser conhecido como “São Marcos”.
Bronca de Felipão
Felipão, que assistia – por opção própria – ao jogo da arquibancada do estádio, desceu para o vestiário para dar instruções a equipe e sacudir os ânimos do elenco. O treinador, suspenso por 2 jogos do Brasileirão, escolheu não ficar no banco de reservas por conta de um problema com o árbitro assistente.
Aparentemente, a bronca do técnico pentacampeão mundial deu certo. Os palmeirenses voltaram mais ligados e, aos 8 minutos, fizeram o gol que empatava o duelo. Kleber, que não marcava há 10 jogos e se envolveu, recentemente, em algumas polêmicas, recebeu livre na marca do pênalti. O Gladiador chutou firme no canto esquerdo de Fernando Prass. O Pacaembu explodiu.
Com tudo igual e resultado que levava a partida para os pênaltis, era a vez de Jumar aparecer. O volante, que saiu do alviverde sem deixar a torcida com saudades, acertou um lindo chute da intermediária. A bola pegou efeito e foi parar no ângulo esquerdo do goleiro palmeirense. Marcos nem se mexeu.
“Medo do Jumar”
O gol do ex-palmeirense, logo em seguida do que Kléber converteu, foi uma ducha de água fria nas pretensões dos paulistas. O placar de 2×1 obrigava os jogadores do Palmeiras a fazer mais dois. O desespero começou a tomar conta do time e Marcos Assunção passou a ser a principal arma ofensiva dos donos da casa. Eles apostavam suas fichas nas bolas alçadas à área. Enquanto isso, um tranqüilo visitante, sem pressa, administrava o resultado e procurava ficar com a bola nos pés.
No final, os palmeirenses esboçaram uma reação. Valdivia acertou forte chute na trave, de fora da área. Marcos Assunção, que fez boa partida, descontou e deu uma réstia de esperança aos torcedores que compareceram no Pacaembu. Já nos acréscimos, o zagueiro Victor Ramos, que entrou a 3 minutos do fim no lugar de Bernardo, fez falta boba na entrada da área. O volante do Palmeiras cobrou e sem chances para o arqueiro cruzmaltino. Embora fosse tarde para a virada, a “vitória” agradou a torcida, que aplaudiu o esforço do time.
