Colunista em Córdoba, Argentina.
* Tradução: Thales Machado
Muitos poucos times no mundo podem jogar sem um atacante central genuíno. Barcelona pode, mas Argentina claramente não, parece que o mesmo serve para o Brasil.
Essa foi a evidência durante todo o primeiro ano da “Era Mano Menezes”, e ficou claro de novo, no 2 a 2 de Sábado contra o Paraguai, quando só um gol do reserva Fred salvou o time da derrota.
Mesmo com toda sua movimentação, Pato é desabilitado para oferece o mesmo tipo de qualidade na grande área. Mano deve estar repensando sua decisão de ter deixado Leandro Damião fora do time – ele tem um excesso de jogaroes para preencher a posição no lado direito do campo, mas só o quase sempre lesionado Fred para lutar na grande área. Fred certamente vai começar jogando na Quarta, contra o Equador.
Mas seria claramente injusto botar a culpa de todos os problemas do Brasil na falta de um camisa 9. Há outras questões – na verdade, assistindo da arquibancada em Córdoba, eu estava contantemente me lembrando que o time do Brasil ainda é um time em processo de formação.
A principal mudança que Mano fez foi no meio campo central, com a subsitituição da figua de Gilberto Silva, que assumia a responsabilidade de um terceiro zagueiro, com um volante mais de jogo, como é Lucas Leiva, capaz de oferecer muito mais quando se tem a posse de bola. É uma mudança que vai contra a direção que o futebol brasileiro tomou nos últimos 25 anos, com a idéia de que precisam libertar os volantes. E, claramente, vai levar tempo para que essa mudança seja assimilada.
Paraguai conseguiu clarear o poblema. Eles surpreenderam não com sua escalação, mas com sua formação. Falando sobre o jogo, era claro que uma das chaves do jogo, era a batalha entre Daniel Alves e o lateral esquerdo paraguaio Marcelo Estigarribia – foi um duelo ganhado pelo paraguaio. A surpresa foi que Roque Santa Cruz, apoiado pelo pequeno Nestor Ortigoza, trabalhou duro para desligar André Santos, no outro lado. Permitiu-se que Enrique Vera alinhasse no centro de campo com Riveros, fando ao Paraguai um bloqueio no meio de campo que o Brasil encontrou difícil de penetrar.
É aqui que Lucas Leiva precisa de fazer mais, continuar exigindo a bola, misturar passes longos e curtos , e tomar conta do meio campo. Ele precisca levar a bola para os três meio campistas. É a chace do jogo, e não é algo fácil de fazer – e o jogador do Liverpool não fez bem o suficiente contra o Paraguai.
Ramires ao seu lado pode não ser do gosto de todo mundo. Mas ele fez bem o seu trabalho. Ele ajudou Daniel contra Estigarribia, e também fez uma contribuição com suas corridas – o gol brasileiro começou quando ele comprometeu o meio campo paraguaio com uma dividida poderosa.
O gol também foi uma ilustração do valor das parcerias. O melhor futebol do Brasil no primeiro tempo veio das rápidas combinações entre Ganso e Jadson, – algo que se perdeu depois que Jadson foi substituído.
A idéia chave por detrás da mudança foi proteger Jadson de um cartão vermelho. Ele tinha recebido o amarelo e, minutos depois de seu gol chegou perto de levar outro. Mas a entrada de Elano foi designada para ajudar na marcação de Estigarribia. Isso foi uma falha, mostrada pela facilidade que Elano foi vencido pelo ala paraguaio no gol de empate. O Brasil se perdeu com a mudança – Paraguai ganhou forçando Mano a tirar um jogador que, em momento, estava causando problemas para a sua defesa.
A principal mudança, entretanto, foi a entrada de Fred – não porque o atacante do Flu é algum tipo de gênio. Mas porque um “homem alvo” é algo muito útil. Sem um número 9 genuíno, um time é obrigado a jogar um futebol perfeito – e isso é uma coisa que o atual time brasileiro é – sem surpresas – inabilitado de produzir.
Mas eles ainda são bons o suficiente para ganhar a Copa América. Empataram os dois primeiros jogos. Mas também empataram Argentina, Uruguai e Paraguai. A última vez que um campeão da Copa América começou a competição com dois empates foi a muito tempo atrás, em 1922. O campeão naquele ano? Brasil.